CVC (CVCB3) se prepara para virar “turistech”   

Publicado 30.05.2022, 15:13
Atualizado 02.06.2022, 12:00
© Reuters.  CVC (CVCB3) se prepara para virar “turistech”

Uma das principais companhias de turismo, a CVC (SA:CVCB3)), detalhou seu plano para virar uma turistech, modernizando seus serviços.

Ao modernizar seus modelos, a companhia visa a atualização dos sistemas mantidos das empresas que adquiriu, aproveitando a alta do turismo em função das flexibilizações das medidas protetivas na pandemia de Covid-19.

CVC, a Turistech

Em meio a retomada da demanda pelo turismo no começo do ano, a CVC tem como objetivo a atualização de seus sistemas. Ao adotar um plano de investimentos em tecnologia, a empresa visa expandir suas fontes de receita, focando na jornada de seus passageiros.

Apesar de demonstrar altas tanto por questões sazonais, quanto por conta da flexibilização das medidas protetivas relacionadas à pandemia de Covid-19, os impactos causados pela doença ainda ecoam em seu desempenho.

Isso porque a companhia ainda registra prejuízo em seus balanços. No primeiro trimestre deste ano, a quantia foi de R$ 166,8 milhões, uma alta de 104,7% na comparação anual.

De qualquer maneira, os investimentos da CVC em tecnologia apenas cresceram nos últimos anos. A companhia segue desde abril de 2020 sob comando de Leonel Andrade, conhecido pela sua passagem na Smiles (SA:SMLS3). No primeiro trimestre de 2022, o investimento somou R$ 60,2 milhões.

Espaço para o turista em São Paulo/Fonte: Revista Viajar pelo Mundo

Esta quantia chegou a ser quase a metade de todo investimento em tecnologia da empresa durante todo o ano de 2021, que foi de R$ 134 milhões.

Esse dinheiro vai servir para, entre outros fatores, atualizar os sistemas herdados das companhias que a CVC adquiriu. Dessa forma, a modernização deve aumentar a eficiência de seus serviços e fazer com que a criação de novas funcionalidades seja facilitada.

Além disso, a companhia também tem como objetivo expandir suas fontes de receita. Segundo a CVC, seu objetivo é resolver o “monolito” tecnológico que foi formado ao longo dos anos. Em conjunto ao Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) Web Services (AWS), Oracle (NYSE:ORCL) e Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34), a criação de um banco de dados em nuvem é possível.

Esse mecanismo também faz com que a conexão entre a turistech e seus parceiros possa ser feita. Segundo o COO da CVC, Tulio Maia Oliveira, esse sistema faz com que sua integração com suas parceiras seja muito mais rápida.

Além disso, outra possibilidade citada, foi a criação de uma carteira digital da companhia. Assim, seus clientes podem se beneficiar de descontos enquanto utilizam os serviços das empresas parceiras.

Nesta segunda-feira (30), as ações da CVC apresentaram quedas. Seus títulos somaram às 14:24 horas (Horário de Brasília) uma desvalorização de 1,86% atingindo os R$ 11,10.

Além de focar sua atenção no setor tecnológico, a companhia também prevê a integração com diferentes startups. Essa medida está alinhada com a premissa da companhia de se atentar ao chamado customer experience (conhecido como CX).

Com o objetivo de melhorar e aumentar sua presença dentre os diferentes estágios das viagens de seus clientes, a companhia anunciou a compra da startup WeTrek no começo deste ano.

A companhia criada por brasileiros nos Estados Unidos permite a participação da CVC durante o passeio de seus clientes, fazendo com que as viagens sejam guiadas por viajantes independentes.

Ataque hacker

Em outubro do ano passado, a companhia de turismo havia sofrido um ataque cibernético. Apesar de não especificar quais dados foram afetados, na época, a companhia permaneceu sequestrada durante dias.

O ataque em questão se tratava de um “ransomware”, que “sequestra” informações ou partes do sistema de uma companhia e, para a devolução dos dados, cobra uma quantia em dinheiros.

Este tipo de invasão se tornou cada vez mais comum, e pode ser interpretado como um dos motivos que levou a companhia a atualizar seus sistemas. Na época do ataque, as ações da CVC caíram em 12,27%.

Na época, durante a reestruturação parcial de seus sistemas, a companhia havia afirmado que os clientes que já contavam com passagens compradas não teriam problemas no embarque.

Por Estoa

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