Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da tarde desta quarta-feira, as ações da CVC Brasil (SA:CVCB3) operam com forte queda, liderando a ponta negativa do Ibovespa hoje. O movimento é consequência da previsão de perdas de R$ 756 milhões durante o primeiro semestre do ano, causadas pela pandemia da Covid-19.
Por volta das 15h58, os papéis tinham perdas de 6,11% a R$ 19,04, enquanto o Ibovespa está prestes de romper os 100 mil pontos, maior patamar desde 6 de março. O principal índice acionário brasileiro subia 2,01% a 99.726 pontos.
Os dados reforçam o cenário negativo pelo qual a companhia passa, acumulando a falência da Avianca Brasil, a valorização do dólar e o vazamento de óleo no Nordeste.
De acordo com a operadora de turismo, as perdas estimadas incluem uma baixa contábil de R$ 475 milhões, referentes a intangíveis originados na aquisição de empresas, e de R$ 81 milhões, relativa a créditos de tributos acumulados; R$ 96 milhões em cancelamentos e reembolsos de viagens até 30 de junho.
A CVC também considera não recuperável R$ 13 milhões referentes a serviços contratados e não realizados; gastos de R$ 3 milhões em operações de repatriação; perdas de R$ 72 milhões com inadimplência e R$ 16 milhões em outros itens.
A companhia reportou ainda que, do total de perdas com a pandemia, somente R$ 104 milhões devem ter efeito no caixa no decorrer de 2020. Assim, a baixa contábil e as perdas com reembolsos não têm efeito no caixa, disse a CVC em nota.
A operadora destaca ainda as possíveis perdas futuras com passagens já pagas, para o caso de alguma companhia aérea deixe de operar ou transferir os bilhetes. A CVC possui um saldo de R$ 380 milhões com empresas aéreas de bilhetes aéreos já pagos.