Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A CVC (SA:CVCB3) mostrou uma grande melhora nos seus números operacionais no primeiro trimestre de 2022, avalia o BTG Pactual (SA:BPAC11), apesar dos impactos de restrições à viagens e do cenário macroeconômico.
Às 14h04, as ações da CVC caíam 4,04%, a R$ 11,41.
A receita líquida consolidada de Brasil e Argentina da CVC subiu 76% em relação ao 1T21, mas caiu 7% sobre o 4T21. Quando observado apenas os números brasileiros, a receita líquida foi de R$ 293 milhões, alta de 76%, com a receita de B2C subindo 68% e a de B2B crescendo 46%.
As despesas operacionais recorrentes totalizaram R$ 272 milhões, um avanço anual de 23%, devido a maiores investimentos em TI e com a inflação de mão-de-obra, segundo o BTG.
Assim, o ebitda chegou a R$ 12,5 milhões e a CVC apresentou um prejuízo líquido de R$ 167 milhões no 1T22. A companhia aérea encerrou o trimestre com uma posição de caixa de R$ 969 milhões, R$ 1,4 bilhão em recebíveis e R$ 1 bilhão em dívida financeira, além de outros R$ 1,9 bilhão em vendas antecipadas de pacotes de viagens que impactarão o FCF nos próximos trimestres.
O BTG, porém, destaca que a empresa foi afetada pela redução da carga de PIS/Cofins, CSLL e imposto de renda aprovada em março. No 1T22, isso resultou na reversão dos créditos tributários constituídos, gerando um impacto contábil negativo de R$ 62,1 milhões na linha de imposto de renda, o que não deve ser recorrente nos próximos trimestres.
A CVC parece ser uma das principais empresas beneficiadas pela reabertura econômica, na visão do BTG, e desde 2020 teve um “turnaround” no time de gestão que agrada ao banco.
A companhia ainda deve enfrentar os desafios macroeconômicos e o fortalecimento das “online travel agencies” (OTAs), porém o BTG se mantém confiante na sua estratégia e mantém a recomendação de compra das ações da CVC, com preço-alvo de R$ 33.