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Investing.com - No início da tarde desta quarta-feira na bolsa paulista, as ações da General Shopping (SA:FIGS11) operam com forte queda de 8,81% a R$ 6,00. O mercado reage negativamente à notícia de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está analisando a reorganização de ativos anunciada pela companhia, que vai resultar na distribuição de dividendos extraordinários de R$ 829 milhões. De acordo com o jornal Valor Econômico, a operação chamou a atenção da Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da autarquia.
O ponto principal é que o valor anunciado equivale a 4,4 vezes o valor da companhia em bolsa antes da divulgação da informação. Na quarta-feira, 26, a General Shopping chegou ao final do dia valendo R$ 188,2 milhões na B3. Na sexta-feira, impactada pelo direito aos dividendos, a empresa valia R$ 444,4 milhões.
Logo quando realizou o anúncio, o dia 3 de janeiro marcaria a data em que os ativos passariam a ser negociados em ex-dividendos, fazendo com quem tivesse comprado as ações até o dia 2 o direito ao benefício. Como o anúncio foi realizado no dia 26, esse seria o dia necessário para comprar a ação. Isso porque a liquidação financeira de uma compra de ação ocorre no terceiro dia útil após o fechamento da ordem. Na prática, portanto, a data inviabilizava que os investidores comprassem as ações para receber os dividendos. Mesmo assim, no dia seguinte ao anúncio do pagamento extraordinário, a ação subiu 165% na B3.
Com isso, a B3 entrou na jogada e determinou uma nova data para a ação começar a ser negociada sem direito ao provento: 8 de fevereiro. O pagamento já estava previsto e foi mantido para dia 22 de fevereiro. A questão da data dos dividendos é uma entre muitas dúvidas que surgiram com o anúncio. O pagamento, segundo comunicado da empresa à CVM, refere-se à distribuição de quase todo saldo da conta reserva de lucros a realizar, que acumula R$ 841,5 milhões desde dezembro de 2017.