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CVM investiga 'insider trading' de fundos ligados a Tanure na Alliar, apontam documentos

Publicado 23.05.2022, 08:54
Atualizado 23.05.2022, 09:16
© Reuters. REUTERS/Amanda Perobelli

Por Tatiana Bautzer

SÃO PAULO (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando potencial 'insider trading', operações de mercado realizadas com informações não públicas, de veículos de investimentos ligados ao investidor ativista Nelson Tanure durante o processo de aquisição da empresa de laboratórios Alliar (SA:AALR3), segundo documentos obtidos pela Reuters.

Tanure, mais conhecido pelas batalhas para tomada de controle em empresas de petróleo e telecomunicações, propôs em novembro a compra do controle da Alliar. O negócio foi finalmente anunciado em 14 de abril.

A CVM investiga vendas de ações feitas pelos fundos controlados por Tanure e se elas foram executadas com informações não públicas durante o processo de compra da Alliar. Representantes de Tanure afirmaram em comunicado à Reuters que o Fundo de Saude, fundo que agora controla a Alliar, e os advogados do investidor não foram notificados de nenhuma investigação de insider trading.

A investigação corre sob sigilo, sob o número 19957.009891/2021-21 na Superintendência de Relações com o Mercado, segundo documentos vistos pela Reuters, e estava ativa na metade do mês de maio.

Tanure foi bem sucedido nos últimos anos comprando empresas como a petrolífera PetroRio (SA:PRIO3) e a construtora Gafisa (SA:GFSA3), mas também foi multado por abuso de controle em companhia aberta pela CVM.

As ações da Alliar subiram 22,5% em 18 de novembro, quando uma nota num jornal informou que Tanure compraria a empresa pagando 20,50 reais por ação.

Entre 18 e 30 de novembro, quatro fundos controlados por Tanure, que já tinha uma participação de 29% na companhia, venderam 1,5 milhão de ações ordinárias da Alliar por 25,465 milhões de reais, segundo documentos da CVM, obtendo um preço médio 39% acima do fechamento do dia 17 de novembro e 7 milhões de reais a mais do que se houvessem vendido antes da notícia.

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Em 22 de dezembro, a empresa anunciou que os acionistas poderiam optar por vender as ações aos veículos de Tanure em até dois anos, por meio de um contrato de derivativo. Como o negócio poderia demorar mais para fechar e não havia certeza sobre o total que seria comprado, houve dúvidas sobre a necessidade de uma oferta pública para os minoritários e as ações caíram.

Na análise da negociação, analistas da CVM alegam que os fundos tinham conhecimento do plano para o contrato de derivativo, porque eram uma parte na negociação, e sabiam que quando os derivativos viessem a público as ações cairiam.

No documento, o gerente da CVM Marco Antonio Papera Monteiro sugere o aprofundamento da análise para entender a "profundidade e extensão dos delitos, no entender deste analista, cometidos pelos reclamados".

Representantes do investidor repetiram que não tinham conhecimento de nenhuma investigação. A CVM não comentou.

Em 14 de abril, a Alliar anunciou que a maior parte dos acionistas decidiu vender as ações imediatamente e os veículos de Tanure atingiram uma participação de 63,3%, obrigando a uma oferta pública aos minoritários.

Representantes de Tanure disseram em comunicado que o negócio foi fechado com sucesso e de forma transparente.

A compra da Alliar é o último negócio de Tanure, que vem adquirindo desde a década de 1990 jornais, estaleiros, participações em empresas de telefonia, como a Oi (SA:OIBR3), além do controle da PetroRio e da Gafisa.

Tanure foi multado em 2019 pela CVM em 130 milhões de reais por abuso de controle no estaleiro Verolme, por transações que significaram a transferência de recursos do estaleiro para empresas ligadas ao empresário, segundo a CVM.

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A multa foi reduzida em 85%, para 16,2 milhões de reais, depois de um recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. Neste caso, Tanure não foi impedido de trabalhar em empresas abertas, e hoje ocupa uma cadeira no conselho da Alliar.

(Por Tatiana Bautzer)

Últimos comentários

O Mito agora quando quer ganhar dinheiro muda a presidência da Petrobrás. Ele não rouba mais a gasolina com o tanque de mil litros. Tá em outro patamar !
Deixem de ser tolos ! Vcs querem que a CVM investigue o Mito ?
CVM é uma farsa. Cadê a punição para os espertalhões que lucram com os insiders de Petrobrás.CVM só pega peixe pequeno.
CVM ainda DEVE uma resposta aos investidores. Quem ganhou 18 Milhões com uma operação de Opções com a Demissão do PRESIDENTE DA PETROBRÁS? Este fato mancha a atuação da CVM. Fato lamentável. COVARDIA.
Esse é o bost@ que circulou pelo CADE e possivelmente comprou a consciência do relator da venda da Oi móvel, o idiot@ que falou que a falência da companhia faria bem ao consumidor, saíram outras idiotices de mais dois conselheiros. Não teve êxito pleno mas atrasou o processo em meio ano. Espero vê-lo recluso.
É verdade, ele atrapalhou o processo de venda da móvel e isso custou caro pra Oi.
Aqui se faz aqui se paga. Espero que no minimo ele perca o sono por um bom tempo pensando em cadeia. É um pilantra
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