Investing.com - A Direcional Engenharia (SA:DIRR3) divulgou a prévia operacional do segundo trimestre do ano, sendo um período com volume forte de lançamentos, compensando o ritmo ainda lento das vendas brutas. Por outro lado, o fluxo de caixa livre foi de R$ 107 milhões. Com isso, as ações operam com queda de 0,94% a R$ 12,63.
As vendas líquidas no período totalizaram R$ 336 milhões, um crescimento de 5% na base anual, puxado pelas faixas 2 e 3 do programa Minha Casa Minha Vida, que ficaram em R$ 313 milhões, alta de 4% no ano.
O BTG Pactual (SA:BPAC11), em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira, explica que os números são resultado de vendas brandas dos novos projetos, uma vez que os lançamentos foram concentrados em julho. Outro ponto é o número de distratos de clientes que compraram imóveis antes da implementação das mudanças no MCMV, anunciadas no final do ano passado.
Entre abril e junho, a Direcional realizou lançamentos de 11 projetos, sendo 10 elegíveis para o MCMV e o último para o segmento de classe média. O valor potencial de vendas dos empreendimentos é de R$ 562 milhões, representando um salto de 53% na base anual.
Em relação à geração de fluxo de caixa, os principais impulsionadores da geração maciça de foram a cobrança dos recebíveis vencidos do primeiro trimestre do MCMV da 1ª faixa; e as transferências de clientes das faixas 2 e 3 após problemas enfrentados no primeiro trimestre com os pagamentos do programa.
O BTG acredita que a Direcional teve um forte segundo trimestre, com a geração de caixa e lançamentos superando as vendas baixas, que foram afetadas pelas mudanças do MCMV. Assim, os analistas estão otimistas com a companhia, já que os novos lançamentos devem puxar as vendas. A avaliação é que a ação segue com um valor atrativo, com a negociação de ações a 1,55x P/TBV.