Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou a plataforma a serviço da Petrobras, que sofreu uma explosão nesta semana, deixando cinco mortos, quatro desaparecidos e 26 feridos no litoral capixaba.
Além disso, pediu que a petroleira apresente documentos que serão utilizados nas investigações sobre as causas do acidente ocorrido na plataforma FPSO Cidade de São Mateus, operada pela norueguesa BW Offshore a serviço da Petrobras.
Adicionalmente, a Petrobras foi notificada pela ANP a não alterar nem realizar modificações ou obras na área do incidente, a não ser que haja necessidade crítica de estabilização estrutural. A agência destacou, no entanto, que a plataforma encontrava-se estabilizada nesta sexta-feira pela manhã.
FORNECEDORA SEM REGISTRO
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES) afirmou nesta sexta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que a BW Offshore e os seus funcionários não tinham registro junto ao conselho estadual e, por isso, trabalhavam de forma irregular.
Segundo o conselho, as empresas serão notificadas por ausência de registro e exercício ilegal da profissão e deverão ser multadas com objetivos educacionais. Em relação às receitas da BW e Petrobras, as multas serão simbólicas.
Para o Crea-ES, a Petrobras é responsável por garantir que a BW Offshore cumpra a lei.