Por Noel Randewich
NOVA YORK (Reuters) - O índice Dow Jones encerrou acima dos 29 mil pontos pela primeira vez nesta quarta-feira, e o S&P 500 também fechou em nível recorde, após Estados Unidos e China assinarem a Fase 1 do acordo comercial e prometerem resolver uma disputa tarifária que tem afetado Wall Street há mais de um ano.
A peça central da trégua é uma promessa da China de comprar pelo menos 200 bilhões de dólares em produtos agrícolas norte-americanos e outros bens e serviços ao longo de dois anos, tendo base as compras de 2017, de 186 bilhões de dólares.
O acordo comercial abre caminho para investidores se concentrarem nos próximos balanços trimestrais, incluindo as perspectivas a serem dadas pelas companhias à luz do acordo.
"Do ponto de vista psicológico, não há dúvida de que é um grande alívio para o mercado", disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities em Nova York.
"Ainda há CEOs duvidosos, mas isso pode ajudar os investimentos de capital, e esse foi o maior elo que faltou à economia nos últimos anos."
Mas os três principais índices de ações fecharam abaixo das máximas intradiárias, com decepcionantes relatórios do Bank of America levando o índice financeiro do S&P a cair 0,55%.
O Bank of America registrou um lucro trimestral acima do esperado, mas advertiu contra a fraca receita líquida de juros no primeiro semestre de 2020, o que derrubou suas ações em 1,8%.
O Goldman Sachs caiu 0,2%, após relatar uma queda maior do que a esperada no lucro ao fazer maior provisão para cobrir custos legais.
O Dow Jones subiu 0,31%, para 29.030,22 pontos, um recorde. O S&P 500 teve alta de 0,19%, para 3.289,3 pontos, máxima histórica.
Já o Nasdaq teve variação positiva de 0,08%, para 9.258,70 pontos, levemente abaixo do recorde de fechamento registrado na segunda-feira.