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Dúvidas sobre Petrobras empurram Ibovespa para baixo apesar de alta externa

Publicado 08.02.2021, 08:36
Atualizado 08.02.2021, 12:10
© Reuters.  Dúvidas sobre Petrobras empurram Ibovespa para baixo apesar de alta externa
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As ações da Petrobras (SA:PETR4) seguem na mira dos investidores, em meio ao debate crescente sobre interferência política na estatal, e chegaram a testar alta com a valorização superior a 1% do petróleo no mercado internacional esta manhã, mas sucumbem à queda de cerca de 1%, acompanhando as palavras do presidente Jair Bolsonaro. Dentre as afirmações feitas esta manhã, disse que, por ele, se tomaria providência sobre os preços dos combustíveis "a partir de agora". O Ibovespa foi às mínimas, após sobe-e-desce.

Apesar das afirmações da diretoria da petrolífera e de Bolsonaro, de que não há interferência política na companhia, as dúvidas prosseguem, e os investidores digerem as novas palavras do mandatário sobre a companhia esta manhã. Bolsonaro disse que hoje terá reunião com equipe econômica para ver se bate martelo sobre a questão dos combustíveis. A ideia, contou, é diminuir impostos federais, mas que, para isso, é preciso arranjar outro local para tirar.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o governo não pretende interferir na autonomia dos Estados. Em sua visão, o valor do ICMS calculado no preço dos combustíveis da refinaria seria valor mais preciso. "Se pretende é previsibilidade e evitar grande volatilidade dos combustíveis", afirmou, completando que isso não se aplica apenas para diesel, se aplica para todos os combustíveis.

"Não é para o governo resolver essa questão, falar sobre isso. Se quiser falar sobre independência, ok, mas a regra já está dada. Se isso continuar, podemos caminhar para algo parecido ao que tentaram fazer no Banco do Brasil (SA:BBAS3)", afirma o estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimentos, Rafael Bevilacqua. "Se mantiverem a política anual de preços, será mal visto pelo investidor e até para a companhia", diz, acrescentando esperar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, interfira no assunto, a fim de acalmar os ânimos

A mudança da política de preços da Petrobras, anunciada na sexta-feira, de trimestral para anual o período de aferição da aderência aos valores internacionais, foi feita em junho de 2020, mas somente agora veio à tona, reforçando dúvidas sobre ingerência política na estatal. A companhia só emitiu o fato relevante sobre o tema após a informação ter sido revelada pela agência Reuters, na sexta.

Para Victor Bueno, analista de investimentos, da Top Gain, acredita que a tendência é de uma segunda-feira de certo "estresse" na B3 (SA:B3SA3), sobretudo nos papéis da Petrobras, com o investidor questionando a política de preços da companhia. "Na sexta-feira, Bolsonaro disse que não interferirá na empresa, mas deu uma sugestão, a de estabelecer um valor fixo de ICMS sobre combustíveis. No entanto, o mercado fica com o pé atrás por conta da gestão da companhia", diz.

Para a Ativa Investimentos, a queda dos papéis "dimensiona o quão negativo são os sinais que evidenciam que a companhia esteja desviando, ainda que momentaneamente, de seu atual alinhamento a prática de preços globais." Hoje, a XP Investimentos rebaixou o papel de compra para neutro da companhia.

"Isso é um déjà vu", classificou Bruno Takeo, gestor da Ouro Preto Investimentos, ao referir-se aos congelamentos de preços de combustíveis da gestão de Dilma Rousseff (PT).

A Petrobras ainda fica no centro das atenções por causa do anúncio de aumento de R$ 0,1248/litro e de R$0,1683/litro na gasolina nas refinarias a partir de amanhã, e elevação média de R$ 0,14 por kg (equivalente a R$ 1,81 por 13kg) no GLP. Além disso, a Petrobras concluiu a fase vinculante do processo de venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, em que o Mubadala Capital, um dos fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos, apresentou a melhor oferta final no valor de US$ 1,65 bilhão.

O debate sobre vacinas também segue no centro das atenções, à medida que o Brasil caminha a passos lentos no processo de imunização contra a covid-19. Bolsonaro disse ontem que vai seguir o rito normal e esperar pareceres do Ministério da Saúde e outras pastas antes de decidir sobre um eventual veto a artigos da Medida Provisória aprovada pelo Senado na quinta-feira que abre margem para a entrada de vacinas no País.

De acordo com Bueno, é mais um assunto que se junta a outros que provocam insegurança no investidor. "O mercado quer alguma previsibilidade. Temos a questão do auxílio emergencial...", diz.

Já a calmaria externa no exterior pode dar algum alívio ao Ibovespa. A expectativa é que o presidente Joe Biden retome negociações nesta semana, após a aprovação na semana passada de resoluções que facilitam a tramitação do pacote. Além disso, percepção de retomada econômica também tem animado investidores. Na sexta-feira, por exemplo, as bolsas tiveram novos recordes.

Às 11h21 o Ibovespa cedia 0,18%, aos 120.024,57 pontos, após mínima intradia aos 119.361,71 pontos.

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