Investing.com - Liderando a ponta negativa do Ibovespa na manhã desta quinta-feira, as ações da EDP (SA:ENBR3) Brasil caem 3,76% a R$ 17,91, depois de divulgar o resultado do quarto trimestre de 2018. No período, a companhia registrou lucro líquido de R$ 524 milhões no quarto trimestre de 2018, alta de 161,3% na comparação anual, em resultado ajudado pela entrada de recursos após a venda de pequenas hidrelétricas à norueguesa Statkraft.
Os efeitos não recorrentes da alienação dos ativos ainda ajudaram a EDP Brasil a registrar no acumulado de 2018 o seu melhor resultado em 23 anos de operação no país, com um lucro líquido de 1,3 bilhão de reais, alta de 108 por cento frente a 2017.
Com negócios em geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia, a EDP Brasil teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 847,3 milhões de reais no quarto trimestre, 50,8 por cento acima do visto em igual período de 2017. No ano, o Ebitda somou 2,7 bilhões de reais, avanço de 26,6 por cento.
Em relatório enviado a clientes, os analistas do Itaú BBA entendem que a reação do mercado deve ser negativa, mas eles seguem com uma visão construtiva com a tese de investimento na companhia. No entanto, destacam que precisam de sinalizações da diretoria da EDP Brasil para determinar a incorporação de estimativas conservadoras.
A receita líquida da elétrica no trimestre foi de 2,97 bilhões de reais, recuo de 16,1 por cento na comparação anual. Já no acumulado de 2018 foram 12,86 bilhões, alta de 9,6 por cento frente a 2017.
O presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, disse que a venda das PCHs, concluída em dezembro, contribuiu com cerca de 340 milhões de reais para os resultados do trimestre e do ano. A transação foi anunciada em outubro e envolveu um total de 704 milhões de reais, incluindo dívidas.
"É o maior lucro da empresa em sua história. Dobramos o resultado face ao ano passado. Esse trimestre encerrou um ano muito positivo em termos de resultados", afirmou Setas.