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Eletrobras ainda estuda hidrelétrica do Tapajós, mas para depois de 2022, diz CEO

Publicado 01.12.2016, 12:17
Atualizado 01.12.2016, 12:20
Eletrobras ainda estuda hidrelétrica do Tapajós, mas para depois de 2022, diz CEO
ELET3
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A estatal Eletrobras (SA:ELET3) continua avaliando o polêmico projeto da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, prevista para ser construída no Pará, mesmo após o arquivamento pelo Ibama do processo de licenciamento ambiental da usina, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr.

O executivo comentou que a usina, que enfrenta forte resistência por parte de movimentos associados a grupos indígenas e ambientalistas, como o Greenpeace, tem sido levada em conta nos estudos que a estatal realiza sobre projetos para expansão no longo prazo.

"Para depois de 2022 temos vários projetos em estudo, e o principal deles é Tapajós, tentando explorar nossa capacidade hidrelétrica", disse Ferreira, ao participar de evento sobre energia da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro.

Com capacidade prevista de mais de 6 mil megawatts, a usina do Tapajós seria uma das maiores do Brasil, mas o governo decidiu não levar o projeto adiante neste momento após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) arquivar o licenciamento ambiental do empreendimento. A retomada do projeto, no entanto, não foi descartada como uma hipótese no futuro.

No mesmo evento da FGV, o presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, defendeu que o Brasil tem que retomar o debate sobre a construção de novas hidrelétricas. As usinas hídricas respondem atualmente por mais de 60 por cento da capacidade instalada em operação no país.

"Nós vamos discutir com a sociedade e vamos colocar as hidrelétricas de novo no mapa do planejameto para tomar uma decisão pragmática. Vai ter uma decisão sem mimimi... ou seja, se dá pra fazer hidrelétrica, vamos fazer. Não dá, vamos para uma alternativa e andar para a frente", disse Barroso.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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