SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras (SA:ELET3) informou na noite de quarta-feira que suas subsidiárias Eletrosul e Furnas optaram por aderir à repactuação do risco hidrológico de geração em suas hidrelétricas que vendem energia no mercado regulado para as distribuidoras de eletricidade.
A repactuação é parte de um acordo proposto pelo governo federal para compensar parcialmente as hidrelétricas do país por perdas de faturamento com a seca em 2015. A Reuters antecipou na terça-feira que Eletrosul e Furnas aceitariam a proposta, com base em documentos enviados pelas empresas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Furnas e Eletrosul, no entanto, optaram por não aderir à repactuação com relação à energia que vendem no mercado livre de eletricidade, em que as empresas negociam contratos diretamente com geradores ou comercializadores.
Já a Chesf, outra subsidiária da Eletrobras, avaliou não ser vantajosa a adesão à repactuação do risco hidrológico de suas hidrelétricas.
A Eletrobras disse que ainda informará futuramente a opção a ser adotada pela subsidiária Eletronorte.
Ao aceitar a repactuação, as companhias devem se comprometer a retirar ações judiciais com as quais haviam obtido proteção contra prejuízos causados pelo déficit de geração.
O excesso de ações judiciais desse tipo travou as liquidações financeiras mensais da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que promovem acertos financeiros entre as empresas do setor, e pressionou governo e empresas a chegar a um entendimento sobre as perdas das hidrelétricas.
(Por Luciano Costa e Priscila Jordão)