SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras (SA:ELET3) informou que sua subsidiária responsável pelas usinas nucleares do complexo de Angra dos Reis foi alvo de ataque cibernético, mas negou impactos sobre a operação das unidades ou riscos de segurança.
Foi detectado um ataque por softwares nocivo, conhecido como "ransonware", sobre a Eletronuclear, disse a elétrica estatal em comunicado na noite de quarta-feira, acrescentando que a rede administrativa atingida não se conecta com sistemas operativos das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2.
"O incidente, portanto, não trouxe impactos para a segurança, nem para o funcionamento da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), muito menos prejuízos para o fornecimento da energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional", disse a Eletrobras.
A subsidiária nuclear suspendeu temporariamente o funcionamento de alguns de seus sistemas operativos para proteger a integridade de seus dados.
A Eletrobras disse que equipes da empresa "contiveram e erradicaram os efeitos do ataque e, assim, o vírus foi isolado, e uma minuciosa verificação dos ativos segue em andamento".
Em paralelo, a Eletronuclear informou o ocorrido ao Centro de Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR.Gov), com cópia para representante do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON), subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
O ataque sobre a unidade de energia nuclear da Eletrobras segue-se a outros incidentes que atingiram recentemente empresas de diversos setores no Brasil, incluindo companhias de energia elétrica como a paranaense Copel (SA:CPLE6), que reportou um caso nesta semana.
(Por Luciano Costa; Edição de Eduardo Simões)