Washington, 25 ago (EFE).- O fundador da Tesla (NASDAQ:TSLA), Elon Musk, afirmou na sexta-feira que os investidores da companhia de carros elétricos o convenceram a não privatizar a empresa, por isso permanecerá nos mercados de ações públicas.
"Embora a maioria dos acionistas com quem falei disseram que permaneceriam com a Tesla se nos privatizássemos, o sentimento, em poucas palavras, era 'por favor, não faça isto'", disse Musk, através de um comunicado.
Ele disse que tomou a decisão se baseando nos comentários dos acionistas, incluindo investidores institucionais, que argumentaram que têm regras internas que limitam o quanto podem investir em uma empresa privada.
"Eu sabia que o processo de privatização seria um desafio, mas está claro que consumiria mais tempo e seria uma distração do que foi inicialmente planejado. Isto é um problema, pois devemos nos manter focados em aumentar o Modelo 3 e ser rentável. Não alcançaremos a nossa missão de avançar a energia sustentada a menos que também sejamos financeiramente sustentáveis", insistiu.
Além disso, Musk acrescentou que depois das consultas, se reuniu na quinta-feira com o Conselho Diretivo, e comunicou a decisão final de "manter pública" a empresa, algo que o Conselho "esteve de acordo".
No início deste mês, Musk colocou nas redes sociais a possibilidade de retirar a companhia da Bolsa, após que suas ações registraram uma aumento drástico e sua cotação foi temporariamente suspensa.
A avaliação desta possibilidade foi aberta depois que o empresário criticou abertamente os vendedores de ações da Tesla, que, segundo ele, prejudicam o desenvolvimento da empresa.
Musk também enfrenta preocupações sobre se a fábrica da empresa em Fremont (Califórnia), conta com fundos suficientes para aumentar de forma sustentável a produção do Modelo 3 e sustentar seus planos de crescimento com a introdução de novos veículos e novas infraestruturas.
Depois de suspender sua cotação, Musk enviou uma carta formal aos funcionários da Tesla, onde explicava que a decisão de retirar a empresa da Bolsa não era final e listou as razões pelas quais a mudança foi proposta.