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Em depoimento a CPI, Araújo diz que Itamaraty seguiu orientação do Ministério da Saúde na pandemia

Publicado 18.05.2021, 15:57
© Reuters. 18/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo disse nesta terça-feira que as ações do Itamaraty durante a pandemia, como buscar insumos para cloroquina e limitar a adesão ao consórcio Covax Facilities, foram feitas com orientação do Ministério da Saúde.

Em depoimento à CPI da Covid no Senado, Araújo, que deixou o posto ao ser demitido em março deste ano, afirmou que o Itamaraty agiu desde o início, através das embaixadas, para buscar informações sobre pesquisas de medicamentos e vacinas contra a Covid-19. No entanto, o ex-chanceler afirmou que decisões sobre busca de insumos foram tomadas pela pasta da Saúde.

"O Itamaraty, praticamente em todos os momentos, atuou por coordenação com o Ministério da Saúde", disse Araújo, acrescentando que a estratégia de negociações em relação à vacina Oxford/Astrazeneca e o consórcio Covax Facilities, foi definida pela Saúde. "Houve uma estratégia, como eu disse, definida, ao que eu sei, fundamentalmente pelo Ministério da Saúde."

Questionado sobre a decisão do governo brasileiro de aderir ao Covax pelo mínimo exigido --a compra de vacinas equivalente a 10% da população, em vez do máximo permitido, 50%-- Araújo garantiu também que a decisão foi tomada pela Saúde.

"Essa decisão não foi minha, não foi do Ministério das Relações Exteriores, foi uma decisão do Ministério da Saúde, dentro da sua estratégia de vacinação", garantiu. "Foi uma decisão tomada, entendo, pelo Ministério da Saúde, e não sei se coordenou com outros órgãos, mas não com o Itamaraty."

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Ao ser perguntado sobre quem teria dado a ordem no ministério, respondeu: "Não sei quem deu a ordem. Entendo que qualquer decisão do Mistério da Saúde é do ministro."

À época, o ministro da Saúde era Eduardo Pazuello, que será ouvido na quarta-feira pela CPI.

A adesão do Brasil ao consórcio foi feita em setembro de 2020. Em dezembro, foi anunciada a decisão pelo valor mínimo - o equivalente a 42,5 milhões de doses de vacina, o suficiente para imunizar apenas 21,25 milhões de brasileiros.

À época, como mostrou a Reuters, o governo brasileiro apostava no contrato para desenvolvimento da vacina Oxford/Astrazeneca, produzida no Brasil pela Fundação Osvaldo Cruz. Ao mesmo tempo em que optou por um contrato mínimo com o consórcio, o ministério arrastou por meses as negociações com a Pfizer (NYSE:PFE), que foram concluídas apenas em março.

Araújo disse ainda que não considera que a demora do governo brasileiro em aderir ao Covax e a opção por um número relativamente pequeno de vacinas tenha prejudicado o recebimento dos imunizantes pelo Brasil. Até agora, o Brasil recebeu pouco menos de 4 milhões de doses pelo consórcio.

Araújo disse ainda que o Itamaraty fez contato com a Índia para liberar uma carga de insumos para fabricação de cloroquina --medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro para tratamento da Covid-19, mas que não tem eficácia-- a pedido também do ministério.

Segundo o ex-chanceler, com o surgimento de informações, em março do ano passado, de que a cloroquina poderia ser usada para tratamento da Covid-19, o governo indiano teria bloqueado as exportações, mas o Brasil já teria uma importação dos insumos acertada.

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"Em função de um pedido do Ministério da Saúde foi que nós procuramos ajudar a viabilizar uma importação de insumos para farmacêuticas brasileiras produzirem hidroxicloroquina", afirmou.

Perguntado se a houve ação do presidente Jair Bolsonaro em relação a essa questão, Araújo confirmou que recebeu uma orientação direta do presidente para que tratasse da questão.

CARTA DA PFIZER

O ex-ministro confirmou o atraso na resposta a carta enviada pela Pfizer a diversas autoridades do governo brasileiro, incluindo o presidente Bolsonaro. Segundo o ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo, a carta permaneceu quase dois meses sem uma manifestação do governo brasileiro.

A lista de destinatários incluía, além de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, os então titulares da Saúde, Eduardo Pazuello, e da Casa Civil, Braga Netto, o vice-presidente Hamilton Mourão e o embaixador do Brasil nos Estados Unidos Nestor Forster.

Segundo Araújo, a carta foi tema de um telegrama do embaixador a ele.

"O telegrama da Embaixada em Washington mencionava que já tinha sido dado conhecimento direto ao Ministério da Saúde, a quem, em nosso entendimento, cabia toda a centralização da estratégia de vacinações", justificou, ao responder que providências foram tomadas pelo Itamaraty.

Questionado se havia comunicado Bolsonaro, respondeu que não, "porque presumia que o presidente da República já soubesse".

O ex-ministro disse desconhecer os motivos da falta de resposta à farmacêutica.

Últimos comentários

Site infestado de PTralhas! Xô Satanás!
Fora genocida Quem apoia o genocida também e cumplice de assassinadas!!!!
De onde será que esses seguidores de berrante tiram esses números que contradiz tudo que o PT fez pela saúde do povo brasileiro ?????
Pt fez algo pelo pais? So pra pra cuba e venezuela
Bolso é um genocida e precisa de uma Cadeia, urgente!
Bozo já está chegando na meta dw mortes. Segundo o genocida, ele pretende matar 500.000 brasileiros
Durante os governos Petista foram desativados 23,5 mil leitos do SUS, o equivalente a 7% do total. R$ 3,2 bilhões deixaram d ser repassados aos estados e municipios para serem utilizados nessa área. Apenas em 2015 o PT cortou quase R$ 12 bilhões do Ministério da Saúde. Genocidio?
A India bloqueou o insumo da HCloroquina pq descobriu que funciona contra COVID e está usando na sua população, foi a conclusão da fala dele...simples e cristalino!
Sério essa descoberta??? Que coisa não!!!
Sera por isso que lá é o epicentro mundial de mortes e casos de Covid?
O Bozó vainser algemado antes de terminar o mandato, kkkk, é por isso que ele não mora de falar em forças armadas, o frouxo quer se escorar nas forças armadas, vai cair no chão, kkkkk.
* não para de falar m.....
Assistimos como uma Hiena é abandonada pela matilha. Negacionistas e Covardes. Onde estão os ditos Patriotas (Idiotas).
Quem pede na justiça para ficar em silêncio ou mentir, é vagabundo Em 22, seja patriota, pense no Brasil. Não vote em Lula e Bozo
é quem não irá voltar no Presidente Lula faz parte dos 32% ...kkkkk
vc vota em lula?
voto em quero
não sei porque essa simpatia esse modelo de chanceler foi exonerado, ele não confirmou nem o que escreveu deve ter sido outro. CPI do genocídio será o fim desse desgoverno.
Show de horrores a CPI. Cada novo depoimento vem uma criatura pior, 2022 promete... Como diz o futuro presidente do BC: "O Brasil tá Laxcado"
CPI = Circo Para Iludidos
Essa CPI tem o único propósito de querer a qualquer custo prejudicar o Presidente !!
O presidente ja se prejudica sozinho... mas vc ja sabe disso!
 rapaz o PR é imprejudicável!! Os "apoiadores/cúmplices" passam pano geral, e no bolso do Bolso é só lucro de salário aumentado, merchand de cloroquina, loja de chocolate, cartão de leite condensado, orçamento secreto, e sabe-se lá o que!
o cara prejudicou 430 mil com seu governo da m0rte. tá chorando pq? então toma 55% x 33%
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