SANTIAGO (Reuters) - O sindicato de Tripulantes de Cabine da LAN Express, subsidiária da Latam Airlines , rejeitou nesta sexta-feira uma nova proposta de trabalho, e vai manter uma greve que dura quase duas semanas e que levou ao cancelamento de cerca de 1.600 voos.
Numa mostra de coesão dos trabalhadores sindicalizados, 91,4 por cento da tripulação recusou uma nova oferta da unidade da Latam (SN:LTM), que incluiu melhoras dos turnos de descanso.
"Houve uma votação sobre a nova oferta da empresa e a manutenção da greve recebeu 592 votos a favor, contra 54 votos para aceitar a oferta... Isso confirma que estamos mais unidos do que nunca", disse ele a repórteres a presidente do sindicato, Silka Seitz.
Lamentando o resultado da votação, a Latam disse em comunicado que será obrigada a continuar a avaliar a extensão de sua agenda apertada, que tem programação até 25 de abril.
"Lamentamos sinceramente os inconvenientes causados aos nossos passageiros, que foram mais duramente atingidos durante esses 11 dias. Fizemos todos os esforços para chegar a um acordo e continuaremos a fazê-lo", disse Claudia Sender, vice-presidente de clientes da Latam.
Até agora, a greve afeta apenas rotas dentro do Chile e alguns voos na América do Sul.
De acordo com o último relatório da companhia, foram cancelados 1.575 vôos, o que afetou mais de 273 mil passageiros.
A Latam tem unidades na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru.
(Reportagem de Antonio de la Jara e Felipe Iturrieta)