👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Empresas brasileiras levantam maior volume de recursos no mercado de ações desde 2010

Publicado 11.10.2019, 09:45
Atualizado 11.10.2019, 09:51
Empresas brasileiras levantam maior volume de recursos no mercado de ações desde 2010
MS
-
PETR4
-
RENT3
-
EGIE3
-
BPAC11
-
VBBR3
-
VIVA3
-

Por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl

SÃO PAULO (Reuters) - Empresas brasileiras levantaram este ano o maior volume de recursos da década, com o impulso de taxas de juros historicamente baixas, progresso em reformas macroeconômicas e sinais de recuperação da economia, enquanto o valor de fusões e aquisições caiu.

Empresas desde a Petrobras (SA:PETR4) até a locadora de veículos Localiza (SA:RENT3) levantaram 17,1 bilhões de dólares em 34 transações nos primeiros nove meses de 2019, quase o triplo do volume no mesmo período do ano passado. O total movimentado nos primeiros nove meses do ano é maior que os totais anuais de todos os anos desde 2010.

Excluindo a mega oferta de ações da Petrobras naquele ano, o volume captado é o maior desde 2007.

O volume de transações de fusões e aquisições caiu 20%, para 31 bilhões de dólares, em parte devido à competição com mercados de capitais líquidos, que deram alternativas às empresas e seus acionistas em casos de vendas de ativos. A fraca recuperação econômica também afetou os negócios.

Mas o crescimento das captações com venda de ações poderá ter um efeito positivo sobre futuras aquisições.

"Quando as empresas conseguem captar recursos baratos com dívida ou emitem ações, é natural um posterior aumento das fusões e aquisições como consequência de empresas capitalizadas", disse o presidente do Morgan Stanley (NYSE:MS) no Brasil, Alessandro Zema.

Executivos de bancos de investimentos esperam que o ano termine com cerca de 50 ofertas, e que cresça o interesse pelas aberturas de capital conhecidas como IPOs. Neste ano, só quatro empresas fizeram IPOs: a controladora da varejista Centauro, Grupo SBF, a empresa de energia elétrica Neoenergia, a empresa de educação Afya e a joalheria Vivara (SA:VIVA3).

"O ano de 2019 será o de ofertas subsequentes de ações, mas já estou vendo empresas superando a inércia dos IPOs e planejando listagens", disse Fabio Nazari, chefe de renda variável do Banco BTG Pactual (SA:BPAC11), que assessorou 21 operações este ano.

Mesmo setores que não tiveram ofertas nos últimos anos, como construtoras e bancos, estão de volta à fila de IPOs, disse Hans Lin, chefe de banco de investimento do Bank of America no Brasil.

Em fusões e aquisições, a maior parte do volume foi relacionado a negócios de infraestrutura e petróleo e gás, principalmente pelo programa de desinvestimento da Petrobras. O leilão de áreas da cessão onerosa deve ajudar a impulsionar investimentos no setor, segundo Eduardo Miras, que chefia a área de banco de investimento do Citigroup.

Os dois maiores negócios do ano, tanto em ações quanto em fusões e aquisições, foram feitos pela Petrobras: a empresa arrecadou 2,5 bilhões de dólares com a privatização via oferta de ações da Petrobras Distribuidora (SA:BRDT3) e 8,7 bilhões de dólares vendendo a empresa de gasodutos TAG para a francesa Engie (SA:EGIE3).

"As privatizações e vendas de ativos por parte do governo brasileiro devem continuar representando grande parte dos negócios, tanto em fusões e aquisições quanto em ofertas de ações", disse Roderick Greenlees, chefe global da área de banco de investimento do Itaú BBA. O ministro da Economia, Paulo Guedes, vem tocando uma agenda de privatizações ambiciosa e já superou a meta de vendas neste ano, com vendas de 96 bilhões de reais (23,5 bilhões de dólares).

Com a taxa Selic na mínima histórica de 5,5% ao ano, investidores locais estão migrando da renda fixa para investimentos mais arriscados. A entrada líquida de recursos para fundos multimercado e de ações neste ano chegou a 21,8 bilhões de dólares em agosto, e já superou o total do ano passado.

Banqueiros como Ricardo Lacerda, sócio do banco de investimentos BR Parners, também esperam uma aceleração dos negócios envolvendo empresas de tecnologia até o ano que vem, com o investidor japonês Softbank Group Corp alocando capital de seu fundo de venture capital para a América Latina de 5 bilhões de dólares. "Acredito que algumas empresas capitalizadas podem comprar companhias da economia real", diz Lacerda.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.