SÃO PAULO (Reuters) - A Energias do Brasil, da portuguesa EDP (SA:ENBR3), informou nesta quinta-feira baixa de 5,7 por cento no total de energia distribuída no quarto trimestre sobre mesmo período de 2014, impactada pela desaceleração da economia que reduziu o consumo de clientes industriais.
O total distribuído no trimestre foi de 6.383.783 megawatts-hora. Com isso, em todo 2015, a empresa apurou recuo de 2,8 por cento na eletricidade distribuída, para 25.713.338 MWh.
No segmento cativo, a energia vendida a clientes finais caiu 2,1 por cento, como "reflexo da queda do consumo das classes industrial e comercial, influenciadas pela desaceleração da economia e pelo aumento das tarifas de energia em cerca de 50 por cento", afirmou a empresa. Enquanto isso, o consumo da classe residencial manteve-se estável.
No mercado livre, houve queda de 12,4 por cento na energia distribuída, em função da desaceleração da produção industrial nos Estados de São Paulo e do Espírito Santo. No ano, o recuo foi de 5,5 por cento.
A Energias do Brasil afirmou que o aumento das tarifas no ambiente regulado (ACR) ao longo de 2015 e a redução nas estimativas dos preços no mercado livre (ACL) provocaram aumento das migrações dos clientes do ACR para o ACL.
Porém, como o prazo para o término de contratos é de seis meses a partir da solicitação dos clientes, os efeitos das migrações só serão sentidos ao longo de 2016.
Em geração, o volume de energia vendida pelo grupo no trimestre alcançou 3.277 GWh, aumento de 54,2 por cento sobre os três últimos meses de 2014. O salto ocorreu pela inclusão na base da empresa da térmica Pecém I, depois que a companhia comprou em maio participação de 50 por cento restantes na usina anteriormente pertencente à Eneva (SA:ENEV3).
Desconsiderando Pecém I e considerando apenas a eletricidade das usinas hidrelétricas da companhia, o volume de energia vendida teve queda de 9,6 por cento no quarto trimestre sobre o mesmo período de 2014.
Na área de comercialização, a Energias do Brasil teve queda de 22,5 por cento no volume de eletricidade comercializada no quarto trimestre na comparação anual, para 2.606 gigawatts-hora.
(Por Alberto Alerigi Jr.)