NEOE3: Neoenergia avança na B3 após dobrar o lucro do 2º trimestre

Publicado 23.07.2025, 11:21
© Reuters

Investing.com – As ações da Neoenergia (BVMF:NEOE3) operavam em alta na sessão desta quarta-feira (23) na B3. O otimismo era guiado pelo balanço do segundo trimestre deste ano divulgado na véspera, com o lucro líquido bem acima da expectativa e dobrando em relação ao mesmo período do ano passado. O Itaú BBA avalia, no entanto, que o resultado foi neutro.

Às 11h18, os papéis de Neoenergia avançavam 2,63% a R$ 23,80. O volume de negócios até o momento totalizava R$ 14,65 milhões.

O lucro líquido reportado foi de R$ 1,631 bilhão entre abril e junho, acima da expectativa de R$ 312 milhões do Itaú BBA. O resultado foi impulsionado pela nova interpretação da companhia na exclusão do ICMS no cálculo-base do PIS/Cofins, que levou a um crédito tributário de R$ 869 milhões. “R$ 770 milhões impactaram o resultado líquido, mas reconhecemos que outras empresas reconheceram um impacto similar nos trimestres anteriores”, avalia o Itaú BBA.

A receita líquida somou R$ 12,19 bilhões no período, alta de 11% na comparação anual e de 6,7% na base trimestral, batendo as projeções de R$ 10,867 bilhões do Itaú BBA. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 2,549 bilhões, alta anual de 7,2% e em linha com as estimativas do Itaú BBA. A margem bruta subiu 7% para R$4,41 bilhões, enquanto as despesas operacionais tiveram leve crescimento de 4%.

“O segmento de distribuição teve um sólido crescimento do Ebitda, impulsionado pelo aumento de tarifas em concessões reajustadas pelo IGP-M”, aponta o Itaú BBA, citando a alta de 11% do Ebtida em distribuição. Além disso, o crescimento do Ebtida de Neoenergia teve forte contribuição do segmento de transmissão, com a entrada em operação de novos ativos.

Por outro lado, o segmento de geração contribuiu negativamente para a formação de caixa da Neoenergia em relação ao segundo trimestre de 2024. Já a alavancagem da companhia teve uma pequena redução, de 3,49x do primeiro trimestre para 3,46x entre abril e junho deste ano.

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