SÃO PAULO (Reuters) - As brasileiras Energisa (SA:ENGI4), CPFL, Equatorial e Neoenergia, além da italiana Enel (MI:ENEI) e do grupo AES Brasil, da norte-americana AES, mostraram interesse na aquisição da distribuidora de energia goiana Celg-D, afirmaram à Reuters os responsáveis pela privatização da empresa e uma fonte com conhecimento do assunto.
De acordo com site criado pela Eletrobras (SA:ELET3) e demais envolvidos para divulgar informações sobre o processo de venda da elétrica, Energisa, CPFL, Enel, Equatorial e AES participaram na quinta-feira de reunião sobre o assunto na sede do International Finance Corporation, órgão do Banco Mundial contratado para estruturar a privatização.
Anteriormente, uma fonte havia adiantado os nomes à Reuters, incluindo também a Neoenergia. Segundo essa fonte, a empresa havia confirmado presença, mas não chegou a participar do encontro.
Mas uma fonte da Neoenergia confirmou que a holding tem interesse na Celg-D.
Segundo os responsáveis pela privatização, a reunião no IFC teve como objetivo realizar uma "apresentação do processo de desestatização" aos interessados.
Procurada, a Energisa disse que não iria comentar. As demais citadas não responderam imediatamente.
A Eletrobras tem como meta realizar o leilão da Celg-D na BM&FBovespa (SA:BVMF3) em março deste ano, sendo que o pregão terá um preço mínimo de 1,4 bilhão de reais pela fatia majoritária da estatal na elétrica.
Como o leilão envolverá também a parcela do governo de Goiás na empresa e uma participação detida pelos funcionários, o preço mínimo do certame deverá ser de cerca de 2,8 bilhões de reais.
Empresas interessadas em mais informações poderão solicitar o agendamento de reuniões sobre o processo de venda da companhia. Um data-room com dados sobre a Celg e a desestatização foi disponibilizado em 30 de dezembro.
(Por Luciano Costa)