Investing.com - O Credit Suisse rebaixou para underperform e cortou os preços-alvos das ações da AES Tietê e Engie Brasil, ao renovar seu pessimismo em relação ao setor de geração de energia do Brasil. A avaliação da Cesp foi mantida em outperform.
A Engie tinha recomendação neutra pelo banco e passou a ser considerada com performance abaixo do mercado. O preço-alvo foi reduzido de R$ 36 para R$ 34. A ação (SA:EGIE3) opera hoje estável aos R$ 35,93, valor 5,5% acima do novo preço-alvo calculado pelo banco.
A AES Tietê registrou um corte mais brusco na recomendação que passou de outperform para underperform. O preço-alvo foi reduzido de R$ 16,37 para R$ 14. O papel (SA:TIET11) é negociado a com ganhos de 0,5%, aos R$ 14,06, levemente acima do novo preço-alvo.
A redução da recomendação veio com a perspectiva de um cenário mais desafiador para as geradoras com a fraqueza da demanda, que, segundo o Credit Suisse, deverá retomar lentamente.
Entre os riscos para o setor está o aumento da participação de fontes poucos flexíveis, como a eólica que despacha sempre que há disponibilidade de vento para geração. As secas dos últimos anos combinada com a recessão que reduziu a demanda por energia tem provocado um duplo efeito negativo para as geradoras, com a perda de receita nos contratos de curto e longo prazos.
A sobreoferta de energia contratada ainda antes da recessão também reduz a necessidade de expansão do sistema, o que limita a possibilidade de crescimento.
Privatização mantém recomendação da Cesp
Ao contrário das concorrentes, a Cesp foi mantida em outperform e o preço-alvo ficou estável em R$ 23. A ação (SA:CESP6) é negociada hoje a R$ 18, queda de 0,2%, com um potencial de valorização de 21%, segundo cálculos do banco.
Os analistas Vinicius Canheu e Arlindo Carvalho que assinam o relatório do Credit Suisse acreditam que a Cesp poderá ser privatizada ainda este ano e garantir a extensão de suas concessões.