SÃO PAULO (Reuters) - A Engie Brasil teve lucro de 475,4 milhões de reais no terceiro trimestre, montante 33 por cento maior do que um ano antes, com aumento nos volumes e preços de vendas de energia e a incorporação de novas usinas de geração ao portfólio.
A empresa, controlada pelo grupo francês Engie, teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de quase 1,02 bilhão, ou 43,5 por cento a mais que no mesmo período de 2017, segundo comunicado desta quarta-feira.
A receita operacional líquida da empresa avançou 50,4 por cento na comparação anual, para 2,49 bilhões de reais, ajudada pela elevação média de 2,7 por cento nos preços da energia vendida, além do aumento de 13,2 por cento em volume.
O resultado foi impulsionado em parte pela incorporação ao portfólio da companhia das hidrelétricas de Jaguara e Miranda, adquiridas no final de 2017 em leilão do governo federal.
A dívida líquida da Engie Brasil fechou setembro em cerca de 6,6 bilhões de reais, avanço de 6,1 por cento em três meses.
A elétrica ainda investiu 1,18 bilhões de reais no trimestre, principalmente na construção de novos projetos.
O conselho de administração da Engie aprovou um crédito de 397 milhões de reais em juros sobre o capital próprio (0,6 real por ação) referentes ao 2018, além de 652,7 milhões em dividendos intermediários (1 real por ação).
AUMENTO DA CAPITAL
O conselho também aprovou uma aumento do capital social da companhia em 2,07 bilhões de reais, que será submetido à próxima assembleia geral extraordinária, ainda não convocada.
A operação seria efetivada com a capitalização de um saldo de 1,6 bilhão em reserva de retenção de lucros, de cerca de 4,2 milhões em reserva de incentivos fiscais e do lucro trimestral.
Segundo a empresa, o aumento de capital virá com a emissão de 163,2 milhões de novas ações, na proporção de uma nova ação para cada 4 já detidas em 11 de dezembro.
A Engie disse que a operação busca aumentar a liquidez das ações e que o benefício será estendido simultaneamente e na mesma proporção aos ADRs, negociados no mercado norte-americano.
(Por Luciano Costa)