Por Alexander Cornwell
DUBAI (Reuters) - A Oman Air está considerando adicionar mais voos para destinos na Ásia, incluindo China e Coreia do Sul, mas está adiando a data de equilíbrio financeiro para depois deste ano, disse neste domingo o novo presidente-executivo da companhia, Abdulaziz al-Raisi.
A estatal aérea, que não mais depende de financiamento do governo, já havia anteriormente adiado a data de 2017 para 2018. A companhia agora pode chegar ao equilíbrio financeiro nos próximos dois a três anos, afirmou o executivo à Reuters em entrevista em Dubai.
Ele posteriormente disse que seria difícil estabelecer uma data porque os prejuízos dependem parcialmente de fatores externos.
O tráfego aéreo no Oriente Médio tem sido prejudicado nos últimos anos pelos conflitos no Iraque e na Síria. Uma disputa política no Golfo Pérsico desde junho do ano passado também impediu voos do Qatar para Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidas, Bahrein e Egito, enquanto Omã adotou neutralidade.
O presidente-executivo da Oman Air disse estar preocupado com a escalada do conflito após um alerta neste mês para companhias aéreas terem cautela no leste do Mediterrâneo antes de ataques aéreos por Estados Unidos, Reino Unido e França contra Síria.
Partes do espaço aéreo do Oriente Médio estão congestionadas e quaisquer mudanças em rotas de voo normalmente significam gastos maiores com combustível e tempos de voo mais longos para as companhias.
Raisi foi nomeado presidente-executivo da Oman Air na manhã deste domingo, depois de exercer a função interinamente desde outubro. Ele afirmou que a companhia aérea focará em transportar mais passageiros para e de Omã.
"Não estamos tentando competir com as três grandes", afirmou Raisi, referindo-se a Emirates, Qatar Airways e Etihad Airways, que se concentram em conectar passageiros por meio de seus hubs no Golfo Pérsico.
A Oman Air pode voar para mais destinos na Ásia já a partir 2019, após iniciar voos para Istambul, Casablanca, Moscou e Maldivas neste ano, informou o presidente-executivo da aérea em evento em Dubai.
Cerca de 9,8 milhões de passageiros devem voar com a Oman Air em 2018, mais que os 8,5 milhões apurados no ano passado.
A companhia aérea ainda informou que planeja aposentar seus quatro jatos 175 da Embraer (SA:EMBR3) neste ano e que fará um novo pedido para o modelo 787 Dreamliner da Boeing ou para os jatos A350 da Airbus antes de substituir seus A330s, de acordo com Raisi.
O executivo não informou quantos jatos pretende encomendar. A Oman Air já opera 787 Dreamliners.
(Por Alexander Cornwell)