👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

ENTREVISTA-XP vê potencial de alta menor para Ibovespa em 2020 após recuperação recente

Publicado 09.07.2020, 08:35
Atualizado 09.07.2020, 11:10
© Reuters. .
IBOV
-
AMER3
-
EZTC3
-
GOLL4
-
IGTA3
-
LAME4
-
MGLU3
-
RENT3
-
BHIA3
-
AZUL4
-
VIVA3
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa ainda tem espaço para alta, principalmente em relação a outras opções de investimentos, dado o cenário de juros baixos no país, embora tende a ser menor após a forte recuperação desde as mínimas do ano, avalia o estrategista-chefe da XP Investimentos, Fernando Ferreira.

"Em relação à renda fixa, ainda há um potencial bastante interessante de valorização. Mas do movimento total de recuperação, desde os 60 mil pontos, sem dúvida, boa parte já aconteceu", afirmou Ferreira à Reuters na quarta-feira, quando o Ibovespa quase bateu os 100 mil pontos.

Após encostar nos 120 mil pontos em janeiro, o índice afundou em março por causa da Covid-19, chegando a 61.690,53 pontos no pior momento. Desde então, já subiu mais de 60%, apoiado na forte liquidez nos mercados, resultado de medidas de combate aos efeitos econômicos da pandemia, bem como sinais de rápida retomada principalmente da China e dos Estados Unidos.

"Isso fez com que a gente chegasse até aqui mais rápido do que se esperava", afirmou, citando ainda o arrefecimento das tensões políticas no Brasil como componente para a reação.

Ele ponderou que o país ainda não saiu das crises de saúde, econômica e política, e que a temporada de resultados de empresas do segundo trimestre deve mostrar números ruins, mas que os ativos estavam tão depreciados que a melhora mesmo marginal no cenário bastou para a recuperação.

Apesar da alta recente, o Ibovespa ainda acumula queda de 14% no ano, desvalorização que sobe a 35% em dólar.

Para Ferreira, o prognóstico de o Brasil sair da crise com juros ainda menores do que entrou trará tanto mais atratividade a investimentos na economia real como mais migração da renda fixa para variável. "Não só de pessoas físicas, mas de fundos multimercado e fundos de pensão que ainda estão muito subalocados em bolsa", afirmou.

Ferreira e equipe revisaram no começo do mês passado sua projeção para o Ibovespa para o final do ano de 94 mil para 112 mil pontos. Ele não descarta eventuais ajustes na expectativa no curtíssimo prazo, mas sinalizou que deve esperar a safra de resultados do segundo trimestre.

Para o estrategista, o principal risco para o cenário de recuperação das ações no país seria uma nova onda de casos de Covid-19 no mundo que traga um grande impacto econômico, com a volta das restrições de movimentação de pessoas.

Nos EUA, apesar do aumento de casos, ele observa que isso não está acompanhado de crescimento nas hospitalizações e mortes, "que é o que o mercado está prestando atenção, pois levaria a novo fechamento de fronteiras, da atividade econômica, fazendo o mercado sofrer". Além disso, o protocolo médico melhorou muito nos últimos três meses.

UPSIDE

Em meio à reação do Ibovespa, com algumas ações já tendo revertido as perdas no ano, Ferreira afirma que os 'upsides' estão em papéis de empresas de qualidade, bem geridas e com bons fundamentos, mas que não vê um movimento como o visto até agora.

"Foi um rali muito focado nas vencedoras desse novo mundo pós-pandemia", avalia, destacando ações de ecommerce e tecnologia, entre elas B2W (SA:BTOW3), que acumula alta de mais de 80% no ano, Magazine Luiza (SA:MGLU3), que sobe cerca de 60%, e Via Varejo (SA:VVAR3), com elevação em torno de 45%.

Em linha com a visão no mercado, ele acrescenta que tem olhado para papéis de companhias que se beneficiam da abertura, como Lojas Americanas (SA:LAME4), Localiza (SA:RENT3), Iguatemi (SA:IGTA3), Vivara (SA:VIVA3) e Eztec (SA:EZTC3), presentes na carteira recomendada da XP para o mês.

"Todas empresas sólidas, bem geridas, com bons fundamentos, mas cujos papéis ficaram um pouco para trás em relação a outros setores, porque foram muito impactadas na quarentena", explicou.

© Reuters. .

Nesse grupo, com exceção de Lojas Americanas, que sobe 24% no ano, em boa parte ajudada pelo salto de sua controlada B2W, Localiza recua quase 6%, Iguatemi perde 32%, Vivara cede 23% e Eztec cai 18%.

Segundo Ferreira, ações que caíram muito não necessariamente estão com preço atrativo. Alguns papéis podem ter potencial de valorização e se recuperarem se a situação normalizar, disse, mas é preciso entender o motivo para a queda.

Ele citou o caso das companhias aéreas. Azul (SA:AZUL4) acumula perda de cerca de 60% e Gol (SA:GOLL4) recua mais de 45% em 2020. Há uma preocupação de longo prazo sobre qual será a destruição de demanda estrutural no setor pós-pandemia, avaliou, dada a mudança de hábito.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.