NOVA YORK (Reuters) - Recursos estrangeiros saíram das carteiras de mercados emergentes pelo terceiro mês consecutivo em maio, mostraram dados do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta terça-feira, igualando uma sequência de três meses de saques que se encerrou em fevereiro de 2016.
As carteiras de não residentes registraram saída líquida de 4,9 bilhões de dólares no mês passado, em comparação com saque de 4,5 bilhões em abril e entrada de 22,8 bilhões em maio de 2021.
O saldo negativo dos últimos três meses ficou em 17,3 bilhões de dólares, de acordo com os dados do IIF.
A China registrou entrada líquida de 4,7 bilhões de dólares, com 2 bilhões direcionados à dívida e 2,7 bilhões indo para as ações, mas os dados ainda mostram déficit no acumulado do ano para o país asiático.
Os fluxos de saída de ações de mercados emergentes excluindo a China representaram a maior parte das perdas líquidas em maio.
"O aumento do risco de recessão global está pesando nos fluxos de mercados emergentes à medida que a ansiedade aumenta sobre eventos geopolíticos, condições monetárias mais apertadas, inflação e temores de que riscos maiores estejam se acumulando", disse Jonathan Fortun, economista do IIF, em comunicado.
Os mercados emergentes excluindo a China tiveram perdas líquidas de 9,6 bilhões de dólares, com 6,1 bilhões saindo das ações, segundo o IIF.
(Por Rodrigo Campos)