Santiago do Chile, 28 jun (EFE).- Milhares de estudantes secundaristas e universitários saíram nesta quinta-feira às ruas de Santiago do Chile, numa das maiores manifestações deste ano no país, para protestar contra instituições de ensino que obtém ilegalmente lucro com a educação.
O protesto foi motivado pela denúncia de uma comissão de educação superior da Câmara dos Deputados, que acusou sete centros privados de descumprirem uma lei que os obriga a serem instituições sem fins lucrativos.
"Viemos dizer mais uma vez que a educação não é um bem de consumo, a educação é um direito. E para que isto seja assim necessitamos de um Estado que assegure uma regulação adequada do setor privado e que permita o fortalecimento do setor público", disse aos jornalistas o líder estudantil Noam Titelman.
Os jovens partiram da praça Itália, ponto central da capital, e percorreram dois quilômetros pela Alameda, a principal avenida da cidade, passando em frente ao Palácio de la Moneda, sede do governo.
Esta é a primeira passeata do ano na qual os estudantes foram autorizados a transitar pela Alameda, uma avenida ocupada por diversas vezes em 2011, quando eclodiu o movimento estudantil.
A manifestação foi convocada pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech). Os jovens desafiaram o frio e chuva fina que caía sobre o centro da capital para marchar com cartazes e palavras de ordem, num ambiente festivo que só foi alterado quando um grupo minoritário provocou desordens durante o percurso.
A mobilização faz parte da greve nacional convocada pelos estudantes, que pode se tornar na maior paralisação das três que a Confech já convocou neste ano. EFE
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