Em um esforço colaborativo para abordar as crescentes preocupações sobre a segurança das crianças na internet, os Estados Unidos e o Reino Unido estabeleceram um grupo de trabalho conjunto focado nesta questão crítica. A Secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, e o Ministro de Ciência e Tecnologia britânico, Peter Kyle, anunciaram a iniciativa na quinta-feira, convocando as plataformas tecnológicas a acelerarem seus esforços para proteger os jovens usuários.
A formação deste grupo de trabalho marca a primeira iniciativa governamental transatlântica destinada a melhorar as proteções online para crianças. A urgência do assunto é sublinhada pela popularidade de plataformas de mídia social como Instagram e Snapchat, que têm sido cada vez mais examinadas por seus potenciais efeitos negativos sobre os jovens.
Destacando a importância da iniciativa, o Cirurgião-Geral dos EUA, Vivek Murthy, havia indicado anteriormente que as mídias sociais representam riscos para a saúde mental dos jovens usuários, incluindo questões relacionadas à imagem corporal, distúrbios alimentares, qualidade do sono e autoestima, particularmente entre adolescentes do sexo feminino.
Estatísticas publicadas pela Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC) revelam tendências preocupantes. O Snap foi implicado em 43% dos casos no Reino Unido envolvendo a distribuição de imagens indecentes de crianças nas mídias sociais. As plataformas da Meta, que incluem Facebook (NASDAQ:META), Instagram e WhatsApp, foram associadas a 33% dos crimes de abuso infantil nas mídias sociais, de acordo com a pesquisa da NSPCC.
Em resposta a esses desafios, empresas de mídia social como Snap e Meta se comprometeram a colaborar com as autoridades para proteger os jovens usuários. Elas introduziram novos recursos voltados para a segurança online, incluindo ferramentas de controle parental.
Esforços legislativos também estão em andamento em ambas as nações para apertar as regulamentações sobre plataformas online. Nos EUA, o Senado aprovou a Lei de Proteção da Privacidade Online de Crianças e Adolescentes e a Lei de Segurança Online para Crianças, conhecidas como COPPA 2.0 e KOSA, respectivamente, que aguardam votação na Câmara dos Representantes.
O Reino Unido está se preparando para fazer cumprir sua Lei de Segurança Online antes do final de 2024. Esta legislação exige que as empresas de mídia social implementem medidas para impedir que as crianças acessem conteúdo prejudicial, como a aplicação de limites de idade e a realização de verificação de idade. As empresas que não aderirem a essas regulamentações poderão enfrentar penalidades significativas, incluindo multas de até 18 milhões de libras (22,3 milhões de dólares) ou 10% de seu faturamento global anual.
O Ministro Peter Kyle destacou a necessidade de cooperação internacional para abordar a segurança online das crianças, afirmando: "O mundo digital não tem fronteiras e trabalhar com nossos parceiros internacionais como os EUA - um de nossos aliados mais próximos e lar das maiores empresas de tecnologia - é essencial." Esta declaração enfatiza a natureza global da paisagem digital e a importância dos esforços colaborativos para proteger os usuários mais vulneráveis.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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