HONG KONG, Aug 11 (Reuters) - O governo dos Estados Unidos mandou o grupo chinês HNA vender sua participação de controle em um edifício de Manhattan cujos inquilinos incluem uma equipe policial encarregada de proteger a Trump Tower, publicou o Wall Street Journal.
A Comissão de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), que toma decisões com base em preocupações sobre segurança nacional, informou a HNA vários meses atrás de que tinha que vender a participação no edifício, publicou o jornal, citando fontes com conhecimento do assunto.
A CFIUS não explicou ao grupo chinês porque tinha que vender a participação, segundo o diário.
A HNA está agora negociando com potenciais compradores interessados no prédio para cumprir a determinação da CFIUS, embora não tenha um prazo pré-determinado, afirmou o jornal.
Questionado neste sábado sobre a notícia do Wall Street Journal, um porta-voz do Departamento do Tesouro dos EUA não comentou o assunto.
Um representante da HNA, questionado pela Reuters neste sábado, remeteu a resposta a um comunicado em que a companhia afirma que "não há confisco ou venda forçada do 850 Third Avenue em andamento ou pendente".
"Há fatos e circunstâncias únicos sobre o local desta propriedade em particular que não existiam na época da aquisição e que levantaram certas preocupações, e a HNA está tomando medidas para resolvê-las", disse o represente.
O grupo comprou em 2016 uma participação de 90 por cento no edifício, avaliada em 463 milhões de dólares, meses antes de Donald Trump ser eleito como presidente dos EUA. O prédio está há algumas quadras da Trump Tower, onde o presidente norte-americano mantém uma residência.