👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

EXCLUSIVO-Reformulação da dívida de US$65 bi da Argentina "provou ser difícil", diz ministro

Publicado 05.05.2020, 10:23
Atualizado 05.05.2020, 10:25

Por Hugh Bronstein

BUENOS AIRES (Reuters) - Os esforços da Argentina para convencer os detentores de títulos a aceitar uma proposta de reestruturação da dívida de 65 bilhões de dólares estão se mostrando um trabalho duro, afirmou o ministro da Economia do país à Reuters, mas disse que não tem planos de ampliar o prazo de sexta-feira para um acordo.

A Argentina está em desacordo com seus credores sobre a proposta de impor grandes reduções nos cupons, um hiato de pagamento de três anos e o adiamento dos vencimentos para a próxima década. [nL1N2CM157]

Os detentores de títulos têm até sexta-feira para responder à proposta, apesar de três grandes grupos de credores já terem rejeitado a oferta, entrando em conflito com o governo da Argentina, que afirma que não pode pagar mais nada.

"Ainda estamos trabalhando para aproximar os dois lados... Isso provou ser difícil", disse o ministro da Economia, Martín Guzmán, à Reuters, em seu escritório no centro de Buenos Aires na segunda-feira à tarde. "Não estamos planejando mudar o prazo", acrescentou, sem dizer se essa postura pode ser alterada mais próxima da data.

A proposta atual inclui uma suspensão de pagamentos por três anos e deixaria os credores com um cupom médio de 2,3%, em comparação com a média de 7% atualmente. Isso representa um corte acentuado de 62% nos pagamentos de juros.

Na segunda-feira, três grupos de credores analisaram o acordo, dizendo que ele impunha aos credores "perdas desproporcionais que não são justificadas nem necessárias".

O Ministério da Economia da Argentina disse estar desapontado com a posição dos grupos de detentores de títulos, embora tenha indicado que está aberto a contra-propostas se eles se alinharem à análise do país sobre quais níveis de dívida são sustentáveis.

Guzmán disse que a Argentina teve "um envolvimento positivo com alguns credores nos últimos dias".

"Outros decidiram não se envolver e não aceitar nossos convites para se reunir", acrescentou. "Alguns credores já estão expressando sua conformidade com a oferta e há tempo para chegar em um acordo sobre uma resolução sustentável com o restante de nossos credores."

A Argentina será flexível até certo ponto, desde que a reestruturação respeite as restrições impostas pela análise de sustentabilidade da dívida do governo e por um relatório separado do Fundo Monetário Internacional, disse Guzmán.

Ele acrescentou que as negociações com o Fundo Monetário Internacional foram construtivas quanto a um novo acordo para substituir o instrumento de 57 bilhões de dólares acordado em 2018. O país está conversando com o Clube de Paris de credores, porém perderá um pagamento de 2,1 bilhões de dólares com vencimento nesta terça-feira.

"Estamos em negociações para reagendar a dívida do Clube de Paris. Não pagaremos amanhã", afirmou Guzmán. "O Clube de Paris tem sido receptivo e o processo de reescalonamento da dívida está em andamento."

(Reportagem de Hugh Bronstein)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.