Buenos Aires, 27 dez (EFE).- A Justiça da Argentina condenou nesta quinta-feira Felisa Miceli, ex-ministra da Economia do país, a quatro anos de prisão e oito anos de inabilitação para cargos públicos no caso pelo dinheiro achado no banheiro de seu escritório no Palácio da Fazenda, em 2007.
Após conhecer a sentença, Miceli reiterou sua inocência e antecipou que vai apelar contra a condenação pelos crimes de encobrimento agravado e subtração de documento público.
Os fundamentos do veredicto, que a ex-ministra já antecipou que apelará, serão divulgados no próximo dia 6 de fevereiro.
Uma bolsa com US$ 31 mil e 100 mil pesos foi achada no banheiro do gabinete de Miceli. Em depoimento, a ex-ministra dissera que um irmão lhe emprestou o dinheiro para comprar uma casa, mas não conseguiu provar a transação imobiliária. Além disso, a ata em que o descobrimento foi registrado sumiu.
A ex-ministra, de 60 anos, foi nomeada ao Ministério da Economia em novembro de 2005 pelo então presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e se transformou assim na primeira mulher na história argentina a ocupar essa pasta, à qual renunciou no dia 16 de julho de 2007, em meio ao escândalo pela bolsa encontrada em seu escritório. EFE