Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - A alta exposição ao mercado doméstico, a redução do risco de liquidez fazem com que a Gol (SA:GOLL4) esteja bem posicionada para capturar a melhora na demanda e ganhar market share com o enfraquecimento de concorrentes, segundo o Goldman Sachs e o BTG Pactual. Ambos recomendam Compra para a ação.
O Goldman tem preço-alvo de R$ 30 para a ação. Perto do fechamento do mercado desta sexta-feira (5), por volta das 18h, o papel tinha queda de 0,75%, a R$ 25,04, contra alta de 0,76% do Ibovespa, que operava aos 120.167 pontos. Desde a abertura, a máxima registrada pela ação foi de R$ 25,59 e a mínima de R$ 24,85, com R$ 135,89 milhões em volume negociado.
Na quinta-feira (4), a empresa publicou seus números de preliminares de tráfego para o mês de janeiro. A demanda doméstica caiu 28% em relação ao mesmo período de 2019 (+0,6% na comparação mensal), a capacidade caiu 26% (+1% mês a mês) e o fator de aproveitamento foi de 83%, contra 81% em dezembro.
Os dados preliminares de tráfego para o 4T, por sua vez, apontam queda de 42% ano a ano tanto na demanda quanto na capacidade, fator de aproveitamento de 81%, queda de 15% na receita de passageiros por assentos-quilômetro oferecidos (PRASK) e de 7% no custo operacional por assentos-quilômetro (CASK).
Considerando esses números, o BTG Pactual estima que o balanço do quarto trimestre da Gol traga Ebitda de -9%, receita líquida de R$ 1,9 bilhão, Ebitda de R$ 94 milhões, margem Ebitda de 5% e a última linha no ponto de breakeven.
Além disso, o banco aponta que os investidores devem se atentar aos ganhos de eficiência relacionados às aeronaves 737 MAX, à recuperação da capacidade e à diminuição gradual do risco de liquidez.
O Goldman Sachs pontua como principais riscos para a visão positiva preços acima do esperado para o petróleo; depreciação de moedas locais contra o dólar; baixa demanda e concorrência irracional.