Por Senad Karaahmetovic
Os mercados americanos dispararam ontem, após a divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) de outubro, quando a inflação registrou uma alta menor do que a esperada.
O IPC foi de 0,4% na comparação mês a mês (m/m) e 7,7% em bases anuais (a/a), ficando abaixo da média das estimativas dos analistas. O núcleo do IPC ficou em 0,3% m/m e em 6,3% a/a, novamente abaixo das expectativas.
A inflação deve atingir 4% em meados do ano que vem, segundo o estrategista-chefe de ações globais do Bank of America (NYSE:BAC), em nota aos clientes hoje. Embora o “choque inflacionário” tenha acabado, sua expectativa é que o IPC se mantenha aderente daqui para frente e acima da faixa dos últimos vinte anos.
"O mercado de baixa de 2022 se deveu a um choque de inflação, juros e recessão. Em 2023, a narrativa de alta será: pico do IPC, pico do Fed, pico dos rendimentos dos títulos e pico do dólar”, declarou.
O estrategista considera que o grupo de FAANG e o setor de tecnologia terão baixo desempenho nos próximos anos, em vista do vigor das commodities, do valor das small-caps, da força da indústria nos EUA, dos bancos na UE e dos recursos nos mercados emergentes. Para este fim de ano, Hartnett espera mais volatilidade no S&P 500, oscilando entre 3700 e 3900.
Até quarta-feira desta semana, houve a maior entrada de recursos em títulos em quatro meses e a 39ª semana consecutiva de saídas de fluxo das ações da UE.