Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Fastly (NYSE:FSLY) despencaram 32% às 16h43 (horário de Brasília), para a mínima de 52 semanas de US$ 19,72 na quinta-feira, diante da ampliação dos prejuízos da rede de entrega de conteúdo e a descrença quanto as projeções de 2022.
O papel é avaliado agora em menos de um quarto da alta de US$ 87,61 de um ano atrás.
Prevê-se um prejuízo ajustado por ação em 2022 de 55 centavos, no centro da faixa de projeção, maior do que o anterior, de 48 centavos.
A receita trimestral aumentou mais de 18% em relação ao ano anterior, para cerca de US$ 98 milhões, mas as margens diminuíram e as perdas aumentaram. A margem bruta ajustada caiu 7,9 pontos percentuais, para 55,8%. Em uma base por ação, o prejuízo líquido ajustado foi de 48 centavos, comparado aos 18 centavos do mesmo período do ano anterior.
Pelo menos quatro corretoras reduziram o preço-alvo das ações. Dentre elas a Piper Sandler, RBC, BofA (NYSE:BAC) (SA:BOAC34) e Morgan Stanley.
A Fastly administra uma rede de entrega de conteúdo para envio rápido de dados pela Internet. Ela hospeda um serviço usado por grandes empresas no fornecimento de conteúdo a milhões de usuários simultaneamente.
Em vez de hospedar todo o conteúdo do site em um único conjunto de servidores locais, a Fastly dispõe de infraestrutura em nuvem em dezenas de pontos de forma que os downloads são feitos pelo servidor mais próximo. A empresa hospeda grandes sites como The New York Times, Reddit, o site do governo do Reino Unido, The Verge e Bloomberg.
Ela teve um ano difícil com o prolongamento do impacto das falhas de junho em vários sites globais. A certa altura, a empresa se orientou a uma receita anual de US$ 385 milhões, no centro de sua faixa de projeção, que posteriormente foi revisada para US$ 345 milhões. Ela fechou o ano pouco acima de US$ 354 milhões.
A receita anual está agora em US$ 405 milhões, no centro de sua faixa de projeção, 14% a mais em relação ao ano anterior. Isso se compara ao crescimento de 22% em 2021.