Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O faturamento nominal do varejo nacional sofreu uma queda de 13,9% no período de 9 a 26 de março de 2020 versus 11 a 28 de março de 2019, de acordo com o Índice Cielo (SA:CIEL3) do Varejo Ampliado (ICVA), calculado pela empresa de meios de pagamentos.
O comércio, particularmente o de produtos não essenciais, está entre os setores mais afetados pela epidemia de um novo coronavírus no país, em meio a medidas de restrição de circulação de pessoas para combater a disseminação do vírus. O indicador costuma antecipar tendências mostradas em levantamentos realizados pelo IBGE.
O resultado da pesquisa divulgada pela Cielo nesta segunda-feira foi atenuado pelo segmento de bens não duráveis, que cresceu 24,8%, enquanto bens duráveis mostrou declínio de 35,2% e serviços registrou um recuo de 47% ano a ano.
Na comparação com fevereiro, o declínio em março até o último dia 26 representa uma queda de 15,8%, com aceleração nas quedas semanais (-3,8% na primeira semana, -5,3% na segunda semana e -14,5% na terceira).
Nos cinco dias até 26 março, as vendas registram um tombo de 52,7% frente aos cinco dias até 27 de fevereiro.
Assim como na comparação ano a ano, o setor de bens não duráveis também alivia a pressão, com alta de 6,3% mês a mês, enquanto bens duráveis mostram retração de 25,9% e serviços, de 39,5%.
Nos últimos cinco dias considerados pela pesquisa (22-26/03), porém, o faturamento de bens não duráveis recuou 17,2% na base mensal, enquanto os de bens duráveis e serviços despencaram 80,9% e 80,2%, respectivamente.