Investing.com - No terceiro trimestre do ano, a Fibria (SA:FIBR3) apresentou lucro líquido de R$ 1,130 bilhão, montante que é 52% superior ao que foi registrado no mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 743 milhões. No segundo trimestre, entretanto, a companhia obteve prejuízo líquido de R$ 210 milhões. Com isso, as ações da companhia operam em alta de 0,14% a R$ 72,33.
Para Eduardo Guimarães, da Eleven Financial, a Fibria divulgou bom resultado no terceiro trimestre, beneficiada pela alta da taxa de câmbio (dólar médio 25%vmais elevado em relação ao mesmo período de 2017), níveis recordes de produção de celulose (aumento de 25%) e preço elevado da commodity no mercado internacional (cerca de 1.050 dólares por tonelada no norte da Europa).
Para o analista, apesar do excelente resultado, é esperado um impacto neutro no preço das ações da Fibria no curto prazo, pois o principal catalisador das ações fica com a aprovação da fusão com a Suzano (SA:SUZB3).
Ele aponta com destaques positivos do resultado a forte margem Ebitda (Geração bruta de caixa operacional) de 63 por cento, geração de caixa livre (antes dos investimentos) de 1,5 bilhão de reais e redução do nível de endividamento (relação dívida líquida/Ebtida) de 1,33 vezes no final de setembtro deste ano.
Além disso, a fabricante de papel e celulose teve Ebitda ajustado recorde de R$ 3,269 bilhões, elevação de 160% em um ano e de 31% em relação ao segundo trimestre. O Ebitda veio dentro da média das projeções, de R$ 3,236 bilhões.
A margem Ebitda pro-forma, que exclui a venda de celulose proveniente do contrato com a Klabin (SA:KLBN11), passou de 58% em junho para 63%. Em setembro de 2018, essa margem estava em 49%.
Entre julho e setembro, a receita líquida também foi recorde, somando R$ 5,836 bilhões, expansão de 105% frente ao mesmo intervalo de 2017 e de 24% na comparação com o trimestre anterior. Este dado também veio em linha com o esperado pelas casas consultadas, que era de R$ 5,851 bilhões.