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Por Patricia Vilas Boas
SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de diagnósticos médicos Fleury (BVMF:FLRY3) observou declínio de 12,3% no lucro líquido do segundo trimestre no comparativo anual, com pressão de maiores investimentos em tecnologia, em um trimestre com menos dias úteis e desfavorecido por uma base de comparação forte em 2024.
O grupo divulgou nesta quinta-feira lucro líquido de R$152,3 milhões nos três meses encerrados em junho, contra expectativa média de analistas de R$166 milhões, segundo dados da LSEG.
Em entrevista à Reuters, a presidente-executiva da Fleury, Jeane Tsutsui, disse que a empresa tem adotado estratégia de elevação do investimento em tecnologia dentro da organização, buscando ganho de produtividade e redução de custos no futuro.
"Esse trimestre a gente teve um pouco mais de investimentos, inclusive com tecnologia... a gente aumentou em 45% o investimento do trimestre", disse Tsutsui, ressaltando que, no ano, os aportes devem alcançar patamar semelhante ao do ano passado, entre 6% e 6,5% da receita líquida da Fleury.
"Também tivemos o impacto de efeito calendário, que também nos levou a uma menor receita", acrescentou a executiva, citando maior número de feriados no período e acrescentando que, no terceiro trimestre, o efeito é contrário, com menos feriados.
A receita líquida do grupo subiu 2,3% no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano passado, totalizando R$2,02 bilhões, com a alta de 7,2% na frente de negócios B2C, composta por unidades de atendimento físicas e serviço móvel, compensando a queda no segmento de prestação de serviços para laboratórios e hospitais (-3,1%) e na vertical Novos Elos (-13,2%).
O resultado também enfrentou uma base de comparação elevada, já que no ano passado a Fleury viu seus segmentos crescerem com uma maior busca por exames de toxicologia e um surto de dengue, fatores mais concentrados no primeiro semestre, disse a CEO.
Nesta quinta, a empresa ainda anunciou a aprovação, pelo conselho de administração, do retorno de R$169 milhões (ou R$0,31 por ação) aos acionistas em juros sobre capital próprio.
A Fleury encerrou junho com patamar de alavancagem em 1,1 vez, contra 1 vez um ano antes, o que dá mais "conforto" à empresa para eventuais M&As apesar do cenário macroeconômico mais desafiador, com altas taxas de juros, segundo a executiva.
Tsutsui se recusou a comentar notícia de que a empresa estaria em conversas com Rede D’Or (BVMF:RDOR3) para uma eventual combinação de negócios. Em fato relevante no mês passado, tanto Fleury quanto Rede D’Or disseram que não há qualquer decisão ou documentos celebrados a respeito de uma potencial operação.