Por Devika Krishna Kumar e Maria Caspani
HOUMA, Louisiana (Reuters) - As pessoas que fugiram antes de o poderoso furacão Ida devastar o sul da Louisiana estão sendo orientadas a não voltar para casa, uma vez que a região segue sem energia, ao mesmo tempo em que as autoridades estão com dificuldades para fornecer água e outros itens essenciais em meio a um alerta de calor.
Três dias após a chegada do furacão de categoria 4, cerca de 1 milhão de residências e empresas permaneciam sem eletricidade na Louisiana e no Mississippi, embora a energia tenha sido restaurada para alguns clientes na parte leste de Nova Orleans na manhã de quarta-feira, segundo a Entergy Corp (NYSE:ETR).
A concessionária avisou que pode levar semanas para que o serviço seja restabelecido em algumas áreas onde as torres de transmissão se transformaram em montes de metal.
O número de óbitos subiu para seis nesta quarta-feira depois da confirmação da morte de dois trabalhadores no Alabama que estavam consertando a rede elétrica, de acordo com um executivo da Pike Electric, fornecedora de serviços públicos.
Outros milhares foram afetados, com várias casas destruídas e cidades inundadas, evocando lembranças do furacão Katrina, que matou cerca de 1.800 pessoas e quase destruiu Nova Orleans há 16 anos.
O presidente Joe Biden viajará para Nova Orleans na sexta-feira para avaliar os danos do furacão Ida e se reunir com líderes estaduais e locais, disse a Casa Branca nesta quarta-feira.
A rua principal de Houma, uma das cidades duramente atingidas ao sul de Nova Orleans, estava repleta de metal e madeira que descascou dos prédios. A porta da frente de um estúdio de tatuagem foi destruída e o vidro espalhado ao longo da via.
"Nunca mais", disse Danna Schwab, de 56 anos, sobre sua decisão de enfrentar a tempestade em Houma e as horas que ela e sua filha passaram empurrando uma janela. "Foi muito assustador."
(Reportagem de Devika Krishna Kumar em Houma, Louisiana; com reportagem adicional de Maria Caspani e Peter Szekely em Nova York e Nathan Layne em Wilton, Connecticut)