Em um desenvolvimento significativo, a proposta de fusão dos ativos de mídia indianos da Disney (NYSE:DIS) e da Reliance, avaliada em US$ 8,5 bilhões, está encontrando obstáculos regulatórios. A Comissão de Concorrência da Índia (CCI) levantou preocupações de que a entidade resultante da fusão poderia monopolizar os direitos de transmissão de críquete, que valem bilhões e são cruciais para a receita publicitária.
A CCI, que não comentou publicamente sobre o assunto, enviou um aviso de alerta às empresas no início desta semana. A fusão visa estabelecer a maior entidade de entretenimento da Índia, competindo com gigantes como Sony (NYSE:NYSE:SONY), Netflix (NASDAQ:NFLX) e Amazon (NASDAQ:AMZN). Essa entidade controlaria 120 canais de TV e dois serviços de streaming, tendo os direitos de transmissão de críquete como seu ativo mais valioso.
Para abordar as preocupações antitruste, a Disney e a Reliance podem ter que implementar mudanças estruturais ou remédios comportamentais. Isso poderia incluir a venda de alguns de seus direitos de transmissão de críquete ou o compromisso com limites de preços de publicidade para partidas de críquete. As empresas gastaram cerca de US$ 9,5 bilhões em direitos para grandes eventos de críquete, incluindo a Liga Premier Indiana e as Copas do Mundo, que devem expirar até a temporada 2027-28.
Advogados antitruste sugerem que as empresas poderiam vender direitos de certos torneios de críquete ou meios específicos como TV ou streaming. Alternativamente, poderiam assegurar ao regulador a proteção dos interesses dos anunciantes, estabelecendo limites para as taxas de publicidade, com taxas justas, razoáveis e não discriminatórias, segundo Rahul Rai, sócio do escritório de advocacia indiano Axiom5.
A importância dos direitos de críquete para a fusão não pode ser subestimada, já que tanto a Disney quanto a Reliance têm aproveitado a visualização gratuita de partidas para atrair usuários para suas plataformas. A entidade resultante da fusão também possuiria direitos de outros eventos esportivos, mas o críquete permanece como ponto focal, com uma estimativa de 87% dos gastos da indústria esportiva da Índia em 2023 vinculados ao esporte.
As tentativas de apaziguar a CCI incluíram a oferta da Reliance de vender menos de 10 canais de TV, principalmente regionais, mas a resistência em ajustar os direitos de críquete tem sido um ponto de discórdia. Se a CCI não ficar satisfeita com as concessões das empresas, isso poderia desencadear uma revisão mais minuciosa, potencialmente atrasando a fusão por meses.
Apesar do aviso regulatório, a Disney está supostamente otimista quanto à obtenção de aprovação sem abrir mão dos direitos. Se a fusão prosseguir, estabeleceria uma força dominante no mercado de transmissão, particularmente nas receitas de publicidade de críquete, como observado por K.K. Sharma, ex-chefe de fusões da CCI.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.