Por Gabriel Codas
Investing.com - Ainda no objetivo de realizar a combinação de negócios com a Tecnisa (SA:TCSA3), a Gafisa (SA:GFSA3) contratou o Credit Suisse (SIX:CSGN) para iniciar uma abordagem “mais estruturada” dos acionistas da concorrente. A ideia é buscar uma negociação amigável para viabilizar a operação. A informação foi dada pelo vice-presidente Finanças e Gestão da empresa, Ian Andrade, ao jornal Valor Econômico.
Com isso, por volta das 14h50, os ativos da Gafisa somavam 2,59% a R$ 4,35 e os da Tecnisa 1,68% a R$ 9,69.
A publicação informa que, assim como na assembleia geral extraordinária (AGE) da Tecnisa realizada na semana passada, a Gafisa não estará presente no evento de hoje.
O executivo destacou que, apesar de a Gafisa ser a segunda maior acionista da Tecnisa, não tem interesse em participar do enconto. “O assunto só vai avançar se for tratado amigavelmente”. Andrade não estimou a parcela dos articipantes da AGE tende a votar a favor dos temas propostos pela Gafisa, como a elevação de 20% para 30% do limite para que o mecanismo de dispersão acionária (poison pill) seja disparado.
A reportagem cita uma fonte que informa que a Tecnisa tem expectativa de que a mesma base de acionistas que votou com o controlador, na AGE anterior, seja mantida. Na assembleia da semana passada, na qual compareceram 45% dos acionistas da Tecnisa, 98% dos presentes rejeitaram a continuidade dos estudos para potencial integração de negócios com a Gafisa.
A família Nigri - controladora da Tecnisa - tem fatia de cerca de 26%. Por meio do fundo Bergamo, a Gafisa tem 5,3% de participação na Tecnisa. Já o investidor Nelson Tanure participa da Gafisa por meio de fundos geridos pela Planner Asset Managment, a qual tem fatia de 30,3% dessa companhia.
Outra proposta a ser votada, na AGE desta quinta-feira, será a de aumento de capital da Tecnisa no valor de até R$ 500 milhões. Na avaliação de Andrade, a Tecnisa precisa da capitalização para ter crescimento sustentável e “surfar no próximo ciclo do mercado imobiliário”.
Conselho
Na véspera conselho fiscal da Tecnisa deliberou e não aprovou a proposta para aumentar o capital de R$ 500 milhões da empresa. O colegiado entende que não há risco de insolvência de curto prazo e não é necessária a realização de aumento de capital, neste momento, para que a empresa execute seu plano de negócios atual.