SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) elevou nesta terça-feira o preço médio da gasolina nas refinarias em 3,54 por cento, para 2,0450 reais por litro, o maior patamar desde 23 de outubro do ano passado, conforme informações no site da estatal.
O último reajuste na cotação do combustível fóssil havia sido em 23 de abril. Por meio de uma sistemática em vigor desde setembro, calcada em operações de hedge, a petroleira pode segurar o valor do produto nas refinarias por até 15 dias.
No acumulado de abril, a gasolina da Petrobras apresentou elevação de 11,6 por cento, refletindo, em parte, os ganhos do petróleo no mercado internacional. A commodity é um dos parâmetros utilizados pela companhia em sua política de preços de combustíveis, que também leva em conta o câmbio.
No caso do diesel, a cotação média nas refinarias segue mantida em 2,2470 reais por litro. Alguma alteração só poderá ocorrer a partir de quinta-feira, já que para este produto a Petrobras adotou uma sistemática que permite reajustes em períodos iguais ou superiores a 15 dias.
O diesel comercializado pela petroleira em mais de 30 pontos de venda teve apenas um aumento em todo este mês, de 4,84 por cento, no dia 18, logo após a polêmica que envolveu o presidente Jair Bolsonaro. Dias antes, a companhia chegou a anunciar uma elevação maior, mas o reajuste foi revogado.
Apesar da redução no ritmo de reajustes, a Petrobras segue afirmando que sua política de combustíveis está alinhada ao mercado internacional e que tem autonomia para executá-la.
Importadores, contudo, afirmam que há defasagem ante o exterior.
(Por José Roberto Gomes)