Investing.com - No começo da jornada desta quarta-feira na B3, as ações da Gerdau (SA:GGBR4) operam com forte valorização de 4,92% a 17,50, liderando assim os ganhos do Ibovespa. A companhia divulgou na manhã de hoje o resultado do segundo trimestre do ano, considerado mais forte do que esperado pelo mercado.
Na visão da equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11), a Gerdau divulgou um resultado muito forte e de boa qualidade, com Ebitda acima da previsão dos analistas do banco. Em nota a clientes, eles destacaram o desempenho das margens nas operações nos EUA, acrescentando que pode melhorar ainda mais no terceiro trimestre.
A XP Investimentos destaca que o EBITDA de R$1,756 bilhão, ficou 11% acima do consenso, 16% acima do esperado pela corretora e +18% comparado ao primeiro trimestre. A surpresa veio em todos os campos, mas os principais destaques foram: EBITDA da operação nos EUA subindo 100% na comparação trimestral (30% acima da expectativa da correotra), por conta de preços e EBITDA no Brasil 7% acima do esperado (em linha com o 1T) com preços mais altos e apesar dos impactos da greve dos caminhoneiros.
A corretora aposta em uma reação positiva aos resultados de hoje e com potencial de revisões para cima tanto para das estimativas quanto para o consenso em 2018-19. A recomendação segue de compra.
Resultado
A Gerdau registrou um lucro líquido consolidado de 698 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 830 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, com melhora no resultado operacional, informou a siderúrgica nesta quarta-feira.
Com ajustes, o lucro líquido saltou 407,5 por cento para 746 milhões de reais.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 56,8 por cento, para 1,756 bilhão de reais, o melhor resultado trimestral desde 2008, com margem Ebitda 14,6 por cento, ante 12,2 por cento um ano antes.
A receita líquida subiu 31,3 por cento para 12,035 bilhões de reais, com maior receita por tonelada em todas as operações, devido principalmente aos maiores preços internacionais. Enquanto isso, o custo das vendas subiu 26,3 por cento devido a maiores custos de matérias-primas em geral.
A greve dos caminhoneiros do final de maio no Brasil levou a uma queda na produção de aço bruto de 2,5 por cento na comparação anual, para 3,989 milhões de toneladas. Já as vendas consolidadas de aço subiram 3,4 por cento para 3,834 milhões de toneladas.
Com Reuters.