Por Saeed Azhar e Lananh Nguyen
NOVA YORK (Reuters) - O Goldman Sachs Group (BVMF:GSGI34)(NYSE:GS) está planejando demitir milhares de funcionários para superar o ambiente econômico mais difícil, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.
As demissões no Goldman são o mais recente sinal de que os cortes estão acelerando em Wall Street diante do recuo da atividade em assessoria de negócios. As receitas de banco de investimento despencaram este ano diante de lentidão em fusões e ofertas de ações, em uma reversão de cenário após o forte ano de 2021.
O Goldman Sachs tinha 49.100 funcionários no final do terceiro trimestre, depois de adicionar número significativo de pessoal durante a pandemia. O número de funcionários do Goldman vai seguir acima do nível pré-pandemia, disse a fonte. Em 2019, o banco empregava 38.300 pessoas.
O número de trabalhadores que serão afetados pelos cortes ainda está sendo debatido, e detalhes do plano devem ser finalizados no início do próximo ano, disse a fonte.
O banco também está avaliando um acentuado corte no bônus deste ano, disse outra fonte. Isso contrasta com aumentos de 40% a 50% no pagamento dos executivos de banco de investimento de melhor performance em 2021, segundo publicou a Reuters em janeiro.
"O Goldman Sachs precisa mostrar que seus custos variam de acordo com suas receitas, especialmente depois de um ano em que proveu recompensas especiais para executivos de alto escalão", escreveu Mike Mayo, analista do setor bancário do Wells Fargo (NYSE:WFC).
"O Goldman Sachs agora precisa mostrar que pode fazer o mesmo quando os negócios não estão bons", acrescentou.