SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal assinou termo aditivo a contratos da Rumo Logística para expansão das operações da companhia no porto de Santos, com investimentos de aproximadamente 308 milhões de reais até o fim de 2018, disse o ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, nesta quarta-feira.
O aditivo unifica três contratos da empresa, controlada pela Cosan Logística (SA:RLOG3), com a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), com prazo único até 6 de março de 2036.
"O investimento é de uma renovação antecipada que estava para se encerrar no próximo dia 6 de março, com riscos inclusive de o porto paralisar a operação portuária de grãos que a Rumo opera", disse o ministro em evento do setor portuário.
Com isso, a capacidade de armazenagem dos terminais para açúcar e outros produtos de origem vegetal, em sacos e a granel, passará dos atuais 10 milhões de toneladas para 14,67 milhões de toneladas por ano, segundo a Secretaria de Portos.
A empresa vai incorporar mais mil metros quadrados à área de cerca de 117 mil metros quadrados que já arrenda.
As ações da Rumo avançavam 2,3 por cento às 12:26 na bolsa paulista, enquanto o Ibovespa recuava 2,7 por cento.
De acordo com apresentação de Barbalho nesta quarta-feira, o governo pretende realizar mais 20 renovações de arrendamentos de março de 2016 até 2018. De julho de 2015 a fevereiro deste ano, foram feitas quatro renovações de arrendamentos.
LEILÃO
Em 31 de março, o governo federal realizará novo leilão de arrendamento de áreas portuárias, que contempla seis locais para terminais no Pará.
Barbalho disse que está dialogando com potenciais interessados nacionais e internacionais, assim como com a Embaixada dos Estados Unidos sobre um possível evento no país.
"Um evento nos EUA permitiria discussão com investidores tanto em infraestrutura quanto com tradings que possam estar prospectando fazer investimentos", disse.
Os editais dos novos leilões passaram por mudanças para atender demandas do mercado, depois de o certame ocorrido em dezembro deixar de fora área no Porto de Vila do Conde, que não teve interessados e foi incluída na próxima operação.
(Por Priscila Jordão)