Lula e Macron se comprometeram em concluir diálogo para assinatura de acordo UE-Mercosul neste semestre, diz Planalto
SÃO PAULO (Reuters) - O governo federal anunciou nesta quarta-feira que decidiu antecipar o retorno do imposto de importação cheio de 35% sobre kits de peças usados na montagem de veículos eletrificados, concordando em parte com pleito de fabricantes de automóveis estabelecidos no país.
O aumento do imposto para os chamados kits CKD e SKD de veículos eletrificados passa para janeiro de 2027 e não mais em julho de 2028, segundo comunicado divulgado pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).
Atualmente o imposto do segmento é de 14%, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Porém, o colegiado decidiu dar quotas adicionais de importação com alíquota zero para CKDs e SKDs de veículos eletrificados durante seis meses, em um somatório de US$463 milhões, afirmou o órgão.
A chinesa BYD (SZ:002594) tinha feito no início do ano pedido para redução temporária do imposto de importação sobre CKDs e SKDs, algo que vinha recebendo críticas de montadoras estabelecidas no país como Toyota, Volkswagen (ETR:VOWG), General Motors (NYSE:GM) e Stellantis (NYSE:STLA). Essas montadoras disseram em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que um eventual "incentivo à importação de veículos desmontados para serem acabados no país" colocaria em risco investimentos do setor no Brasil.
(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Bernardo Caram, em Brasília)