Por Gabriel Codas
Investing.com - A medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional para ajuda ao setor aéreo prevê o fim da cobrança do adicional de US$ 18 cobrados na tarifa de embarque internacional a partir do ano que vem. No entanto, o governo ainda faz as contas para viabilizar a mudança. O texto ainda não foi sancionado pelo presidente.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, o Ministério da Infraestrutura é favorável a manutenção do artigo, principalmente pelo fato de fazer com que voos internacionais sejam economicamente mais interessantes no pós-pandemia.
No outro lado, o Ministério da Economia ainda não bateu o martelo, uma vez que estima que a taxa extra gere – em anos regulares – uma arrecadação de R$ 700 milhões para os cofres. Assim, a sanção deve gerar impacto nos cofres, em um momento que o governo não pode abrir mão de recursos.
A reportagem informa que, desde o ano passado, o ministro Tarcísio de Freitas pontua que o governo quer dar um fim a taxa, que encarece o bilhete de voos internacionais. Até mesmo o presidente Jair Bolsonaro, por meio das redes sociais, confirmou a informação. No entanto, os planos podem ser adiados e o presidente vetar o artigo.
Com a chegada da pandemia, o fim desse adicional é visto como ainda mais importante, já que afeta diretamente o transporte aéreo. A avaliação é que o setor deve demorar a se recuperar, principalmente nos voos para o exterior. Assim, baixar o custo do bilhete é visto como uma medida relevante.
A publicação esclarece que em voos na América Latina, esse adicional de US$ 18 tem ainda mais impacto, chegando a representar até 20% do preço da passagem.
Outro ponto é que o fim do adicional também seria importante para o Brasil retomar a agenda de atração das empresas aéreas low cost (de baixo custo). Essas empresas operam com bilhetes mais acessíveis e qualquer corte é importante no custo final.
Às 16h07, as ações da Gol (SA:GOLL4) e da Azul (SA:AZUL4) caíam na B3, em dia marcado pelo sentimentos de aversão a risco na sessão desta quinta-feira. As perdas eram, respectivamente, de 4,35% a R$ 19,13 e de 3,41% a R$ 20,94, enquanto o Ibovespa recuava 1,79% a 102.419.