SÃO PAULO (Reuters) - A rede de varejo GPA vai focar esforços de expansão em sua bandeira de atacarejo Assaí neste ano, ampliando a presença da marca em pelo menos cinco novas capitais e priorizando as regiões Norte e Nordeste do país, afirmaram executivos da companhia nesta quinta-feira.
A companhia planeja para 2016 abertura de lojas Assaí iguais ou maiores que as 11 inaugurações ocorridas no ano passado.
O investimento total do GPA é previsto em 1,5 bilhão de reais para este ano, queda ante os 2 bilhões desembolsados em 2015.
O presidente-executivo da companhia, Ronaldo Iabrudi, afirmou durante teleconferência com analistas do setor que vai "pilotar os investimentos mês a mês, trimestre a trimestre", dependendo de indicadores como rentabilidade da companhia, que prevê manter agressividade de preços este ano. Ele comentou ainda que a empresa vai priorizar também os formatos de lojas Minuto, além de conversão de lojas.
Segundo Iabrudi, o segmento de atacarejo tem "uma oportunidade muito grande no Norte e Nordeste (...) O segmento tem mais facilidade (de expansão) nestas regiões que no Sul e Sudeste porque mais da metade da clientela é pessoa jurídica e porque a estrutura logística não é tão boa", disse o executivo.
A companhia teve prejuízo de 415 milhões de reais no quarto trimestre, revertendo resultado positivo de 673 milhões obtido um ano antes. A receita líquida ficou praticamente estável, a 19,7 bilhões de reais no período. As ações do GPA recuavam 0,6 por cento às 12h38, em linha com a queda do Ibovespa.
Para analistas do Credit Suisse, o GPA divulgou resultado abaixo do esperado como um todo, apesar dos esforços de redução de custos para minimizar os efeitos de receitas fracas. Os analistas, porém, reconhecem que "uma posição financeira sólida da companhia vai permitir que ela navegue pelo ambiente macroeconômico mais desafiador e eventualmente capture fatia de mercado".
O presidente do GPA comentou durante a teleconferência que a companhia espera ganhar participação de mercado na bandeira Assaí em termos de vendas mesmas lojas, abertas há pelo menos um ano e que espera que a empresa recupere fatia de mercado perdida na bandeira de hipermercados Extra.
(Por Alberto Alerigi Jr e Brad Haynes.)