Por Praveen Paramasivam
SRIPERUMBUDUR, Índia (Reuters) - A produção da Samsung (KS:005930) Electronics foi interrompida em uma importante fábrica no sul da Índia pelo segundo dia nesta terça-feira, come centenas de funcionários em greve por salários mais altos, enquanto executivos tentavam resolver a questão.
A Samsung, maior empresa de produtos eletrônicos de consumo da Índia, vê o país como um importante mercado em crescimento, competindo com empresas como a LG Electronics para fabricar desde televisores e geladeiras a smartphones.
A fábrica atingida pela greve em Sriperumbudur, a menor das duas fábricas indianas da Samsung, emprega cerca de 1.800 pessoas e fabrica produtos eletrônicos em vez de smartphones.
Mas ela contribui com 20% a 30% da receita anual de 12 bilhões de dólares da Samsung na Índia, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto.
Cartazes com os dizeres "Greve Indefinida" foram colocados do lado de fora da fábrica, perto da cidade de Chennai, onde centenas de trabalhadores com uniformes da empresa montaram tendas para se protegerem do calor.
O líder sindical E. Muthukumar disse à Reuters que "a greve continuará por um terceiro dia" na quarta-feira.
Cerca de metade da produção diária da fábrica foi afetada quando vários trabalhadores se ausentaram na segunda-feira, e os manifestantes continuam insistindo em suas demandas por salários mais altos, melhor carga horária e, o mais importante, desejam que a Samsung reconheça a formação de um sindicato apoiado pelo grupo Centre of Indian Trade Unions.
O presidente-executivo da Samsung para o Sudoeste Asiático, JB Park, e outros executivos estão visitando a fábrica para encontrar uma solução, disseram pessoas com conhecimento direto da situação. Park supervisiona o mercado indiano da Samsung a partir de Gurugram, perto de Nova Délhi.
A Samsung não respondeu a um pedido de comentário. Muthukumar disse que nenhum acordo foi alcançado durante as discussões desta terça-feira com a administração da Samsung.