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Guerra fria tecnológica entre EUA e China acentua os temores em Wall Street

Publicado 26.05.2019, 07:01
© Reuters.  Guerra fria tecnológica entre EUA e China acentua os temores em Wall Street

Carles Escolá.

Nova York, 26 mai (EFE).- A guerra comercial entre Estados Unidos e China já se tornou digital, com o desenvolvimento da tecnologia 5G no ponto de mira, o que causou temor entre os investidores em Wall Street, que penalizaram as empresas tecnológicas americanas com interesses na China com um rebaixamento médio de 15% de suas ações no último mês.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e até mesmo os serviços econômicos da ONU coincidem em afirmar que a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo - que são responsáveis por um terço do comércio mundial - vai prejudicar consumidores, empresas e, mais tarde, o crescimento econômico global.

O que começou como uma revisão de um pacto comercial limitado no tempo que segue rumo ao fracasso, e seguiu com a ordem presidencial dos EUA de não comercializar componentes tecnológicos com a chinesa Huawei por motivos de segurança nacional, levou a uma "guerra fria tecnológica" que não agrada em nada aos mercados.

Segundo uma nota do chefe de estratégia global do banco de investimento Jefferies, Sean Darby, o aumento das tarifas deu início a uma estratégia que procura "conter a China como líder no desenvolvimento do 5G".

Essa tecnologia deve oferecer uma largura de banda e uma velocidade jamais vistas até agora e os especialistas a vinculam estreitamente com o desenvolvimento da internet das coisas, o uso de veículos autônomos e os projetos relacionados com Inteligência Artificial.

O Calcanhar de Aquiles para a China - mas também para as empresas dos EUA - é que a mudança de paradigma necessita, em grande parte, das fabricantes americanas de semicondutores e componentes, como Qualcomm (NASDAQ:QCOM), Nvidia, Intel (NASDAQ:INTC), Xilinx (NASDAQ:XLNX), Skyworks (NASDAQ:SWKS) Solutions e Macom Technologies.

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Essas empresas são responsáveis pela fabricação de chips para smartphones, videogames e data centers, e são as mais expostas à guerra digital.

Os Estados Unidos foram responsáveis por aproximadamente metade dos US$ 470 bilhões procedentes de chips vendidos no mundo todo, e a China foi seu principal mercado, lembrou o analista do site "Investing.com" Haris Anwar.

A empresa que mais emblematicamente se vê atingida neste fogo cruzado é Qualcomm. A companhia de San Diego, que efetuou dois terços de suas vendas do último ano fiscal à China, perdeu em um mês 23,58% de seu valor no índice Nasdaq, 18,76% apenas na última semana.

A mesma perda mensal foi registrada pela Macom Technologies, enquanto a Skyworks Solutions caiu 20,10% no último mês, a Intel 15%, a Nvidia 18,5% e a Xilinx 14,90%.

A guerra comercial, ao se transformar em digital, traz incertezas aos investidores que apoiam essas empresas, muito expostas à comercialização com a China, enquanto outras companhias que produzem diretamente em território chinês, como a Apple (NASDAQ:AAPL), temem o 'olho por olho e dente por dente', ou seja, que sejam alvo de represálias.

A Apple perdeu 5,3% de seu valor nesta última semana e nada menos que 12,4% em um mês, se afastando cada vez mais na luta pelo US$ 1 trilhão em capitalização que mantém com Amazon (NASDAQ:AMZN) e Microsoft (NASDAQ:MSFT).

No caso da companhia da maçã, o medo dos investidores reside no fato de que, assim como a Huawei é a marca-símbolo da China no exterior, o iPhone é um estandarte americano que pode ser alvo dos chineses.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, tentou amenizar o tom na quinta-feira, dizendo que a guerra comercial pode acabar rapidamente, mas os analistas não estão convencidos disto e acreditam que levará tempo.

Outro terreno menos conhecido, mas que também preocupa os investidores, é o dos calçados esportivos, que ficarão mais caros com as novas tarifas, pois 75% do que é consumido nos Estados Unidos é fabricado na China, apesar de o Vietnã ganhar que cada vez ganha mais peso nessa indústria.

As ações da Nike (NYSE:NKE) perderam 7% no último mês, enquanto as da Foot Locker (NYSE:FL), grande varejista do setor de roupas e calçados esportivos, caíram até 25%, sobretudo na última semana, também devido aos maus resultados corporativos.

Na última semana, um grupo formado por mais de 170 companhias, entre elas as multinacionais Nike e Adidas (DE:ADSGN), pediram ao presidente Donald Trump que elimine os calçados da lista de produtos chineses cujas importações podem ser sobretaxadas em 25%.

Isso sem falar nos agricultores, já que na quinta-feira Trump precisou aprovar um pacote de ajuda ao setor de US$ 16 bilhões para atenuar os efeitos da disputa comercial com a China.

Últimos comentários

Cada louco que me aparece
My friends, America FIRST!! O resto, é apenas resto! Os comunistas não podem vencer esta CRUZADA. Nem mesmo nações “latrinas” que batem continência para mim e cantam o hino dos yankees! No passado, a Guerra Fria imposta pelo Reagan contra a União Soviética era para impedir que a política expansionista de Gorbachev ganhasse terreno na corrida espacial. Agora, eu preciso agir contra a China para impedir a expansão tecnológica do tigre asiático. Podem me chamar de DITADOR, mas vou aplicar SANÇÕES econômicas à nações que se impuserem contra! Ninguém ultrapassará o PIB da minha América!
Fanatico
Presidente filha da puta, tomara que não vença na reeleição, está prejudicando em muito os investimentos externos do país, como aqui no Brasil, tem ações do Brasil que dependem em muito, por isso, como a Petr3 e Petr4 estão sempre em baixa, outros nem tanto, mas essas, seja noticias externas ou internas, estas ações são sensíveis a qualquer oscilação momentânea e repentina.
You’re very correct, my friend. Eu sou o maior especialista em insider trading. Ou você acha que eu “doei” minhas empresas e ações para poder se tornar a MÃO DE FERRO deste planeta? Veja... marasmo nos mercados não leva a nada... é preciso VOLATILIDADE, e é por isso que eu aplico SANÇÕES econômicas às nações que não rezam a cartilha dos yankees. Eu domino o petróleo e o comércio global. Quem não andar na linha imposta por mim, e bater continência cantando o hino dos EUA, sofrerá as consequências. Bolsonaro sabe muito bem do que eu falo, e segue em coleira curta...
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