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Iata eleva projeção de lucro líquido da aviação para US$ 30,5 bi em 2024, 11,3% acima de 2023

Publicado 03.06.2024, 04:50
Atualizado 03.06.2024, 08:10
© Reuters.  Iata eleva projeção de lucro líquido da aviação para US$ 30,5 bi em 2024, 11,3% acima de 2023
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A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) atualizou as projeções consolidadas para o setor de aviação em 2024. A estimativa para o lucro líquido subiu dos US$ 25,7 bilhões anunciados inicialmente em dezembro de 2023 para US$ 30,5 bilhões. A nova cifra é 11,3% maior do que a reportada no ano passado.

A previsão para a margem de lucro líquido também foi revisada para cima, subindo de 2,7% inicialmente para 3,1%. Caso a estimativa se confirme, a taxa se manterá estável ante 2023, quando fechou em 3%.

Durante o encontro anual da Iata, em Dubai, nos Emirados Árabes, o diretor geral da associação, Willie Wash, classificou o lucro líquido previsto como "uma grande conquista, considerando a recente e profunda pandemia". No entanto, disse ser importante reforçar a rentabilidade das companhias aéreas e aumentar a resiliência financeira.

"A indústria aérea está no caminho para lucros sustentáveis, mas ainda há uma grande lacuna a ser preenchida", afirmou. Neste sentido, destacou a previsão de 5,7% para o retorno sobre capital investido neste ano, "bem abaixo do custo de capital", que deve ser superior a 9%.

Para ilustrar os problemas de rentabilidade, Walsh ressaltou a estimativa de US$ 6,14 para o lucro por passageiro, "o suficiente para comprar apenas um café em muitos países". "Solucionar os problemas da cadeia de abastecimento é essencial para que possamos implantar frotas de forma eficiente para atender a demanda e melhorar a rentabilidade", avaliou.

Ganhos x despesas

Apesar dos desafios, a Iata espera um fortalecimento da rentabilidade em 2024, com os ganhos crescendo ligeiramente acima dos custos. Enquanto as receitas totais devem subir 9,7%, para US$ 996 bilhões, a expectativa é que os custos aumentem 9,4%, para US$ 936 bilhões. As duas taxas de crescimento são recordes históricos.

O combustível deve representar 31% dos custos operacionais totais. O cálculo é baseado na projeção de US$ 113,8 por barril em 2024, gerando uma conta de US$ 291 bilhões para as aéreas neste ano.

Já os lucros operacionais do setor de aviação devem atingir US$ 59,9 bilhões em 2024. O montante representa um avanço de 14,7% em relação ao ano passado.

Enquanto isso, a associação projeta uma alta anual de 15,2% na receita de passageiros, somando US$ 744 bilhões. O crescimento da receita por passageiro-quilômetro (RPK, na sigla em inglês) deverá subir 11,6% ano contra ano.

*A repórter viajou a convite da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata)

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