SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa reverteu as perdas e renovava máximas do dia nesta segunda-feira, orbitando ao redor dos 115 mil pontos, em movimento que tinha suporte na melhora em Wall Street e alta de mais de 4% de Petrobras (BVMF:PETR4) diante da disparada do petróleo pelo aumento da tensão no Oriente Médio.
Às 15:13, o Ibovespa subia 0,87 %, a 115.165,42 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 115.187,09 pontos. Na mínima, mais cedo, marcou 113.448,18 pontos. O volume financeiro somava 12,4 bilhões de reais.
A bolsa paulista abriu pressionada pela aversão ao risco externa, após homens armados do Hamas matarem no sábado centenas de pessoas em Israel, que retaliou com ataques ao enclave palestino de Gaza no domingo. Preocupações de um conflito mais amplo no Oriente Médio fizeram os preços do petróleo saltarem.
Nesta tarde, o barril de Brent avançava 3,64%, a 87,66 dólares, tendo chegado a 89 dólares na máxima do dia.
Desde cedo, o comportamento da commodity amparou as ações da Petrobras, com as preferenciais renovando máximas históricas intradia, a 35,08 reais nesta tarde. As ações de PetroRecôncavo (BVMF:RECV3), 3R Petroleum (BVMF:RRRP3) e Prio também mostravam forte valorização.
A mudança de direção no pregão, contudo, ocorreu conforme as bolsas em Nova York também abandonaram as perdas da abertura. O S&P 500 avançava 0,64% nesta tarde, em dia de feriado nos Estados Unidos, sem negociação dos Treasuries, que vinham ditando a direção nos mercados globalmente.
As ações da Vale (BVMF:VALE3) permanecia no território negativo, com queda de 0,99%, uma vez que os futuros do minério de ferro recuaram nesta sessão na China após vários dias sem negociação por feriado naquele país. O contrato mais transacionado em Dalian encerrou o dia com queda de 2,8%.
Os papéis de Azul (BVMF:AZUL4) e Gol (BVMF:GOLL4) também continuavam como destaques de baixa, com declínios de 2,81% e 1,74%, pressionadas pelo salto do petróleo.
(Por Paula Arend Laier)